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Depois de reinar por 20 anos, PMDB não consegue ter candidato a prefeito

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A indefinição de pré-candidato a prefeito de Campo Grande mostra drama vivido pelo PMDB, depois de reinar absoluto por 20 anos na administração da Capital. Hoje encontra-se sem aliados e dependente do ex-governador André Puccinelli para concorrer as eleições municipais deste ano. Mas ele não demonstra nenhum entusiasmo de voltar a disputar a prefeitura. Hoje ou no decorrer da semana, Puccinelli deverá anunciar oficialmente o esperado por todos: não aceitará a proposta para disputar a prefeitura.

Diante desse emblemático cenário de isolamento, nota-se o esvaziamento do “ônibus do PMDB”. O desânimo tomou conta de vereadores e de outras lideranças do partido vendo, sem poder fazer nada, os aliados até então de primeira hora no auge do domínio do poder municipal e estadual, afugentaram para se unirem ao PSDB, atual dominante do Governo do Estado.

Com isto, o PMDB e Puccinelli ficaram isolados e estão vendo o “ônibus do PSDB” ficando lotado com seus considerados aliados políticos. A falta de respaldo afastará o ex-governador de disputar a Prefeitura de Campo Grande. Ele é hoje um líder político restrito apenas ao seu partido.

A derrocada do PMDB começou nas eleições de 2012 com ruptura da aliança com o PSDB. O partido perdeu a disputa pela prefeitura com o deputado federal Edson Giroto, depois foi derrotado, em 2014, na sucessão estadual para o então aliado e depois rival ferrenho, Reinaldo Azambuja, do PSDB.

Enfraquecido, o PMDB pode correr atrás do “ônibus do PSDB” para se acomodar nem que seja no corredor, porque as “janelas” estão ocupadas por seus antigos aliados. 

Essa reaproximação do PSDB não é visto com bons olhos por Puccinelli. Ele não esconde a preferência por aliança ao PTB para apoiar o ex-peemedebista Nelsinho Trad à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP). 

O problema é a demora de Nelsinho definir a sua participação no processo eleitoral. Ele está aguardando pesquisa qualitativa (levantamento de dados sobre as motivações de um grupo e as expectativas das pessoas em relação às eleições em Campo Grande) para decidir sobre pré-candidatura a prefeito. 

André sinalizou à cúpula do PMDB o seu interesse de aliança com Nelsinho. Mas parece não ser esta a motivação de parte dos dirigentes. Uma corrente do comando está em negociação avançada com o governador Reinaldo Azambuja para apoiar a pré-candidatura da vice-governadora Rose Modesto.

*A reportagem completa está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

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