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?Detentos do maior presídio de MS contribuem para a difusão do esporte com fabricação de 4 mil bolas por mês

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Campo Grande (MS) – Fabricação e costura de bolas esportivas é oportunidade de trabalho para internos do maior presídio do Estado, a Penitenciária Estadual de Dourados (PED). A parceria estabelecida pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Divisão de Trabalho, garante fonte de renda e promove mudanças de comportamento.

Com produção mensal de 4 mil bolas, o trabalho minucioso das mãos de 200 custodiados colaboram para a propagação de esportes como o futebol, handebol e futsal. As atividades desenvolvidas na oficina de trabalho dentro do presídio consistem em corte e serigrafia do material, a costura manual das peças e o acabamento final.

Além de oportunizar o aprendizado de uma nova profissão, a confecção de bolas esportivas garante remuneração aos detentos e remição de um dia na pena a cada três de serviços prestados. Para a empresa parceira, as bolas costuradas no presídio são produtos de qualidade e atendem a mercados exigentes; inclusive utilizadas em importantes campeonatos nas regiões Sudeste e Nordeste do país.

Segundo o diretor da penitenciária, Manoel Machado da Silva, a expectativa é chegar a 300 internos atuando na fábrica e atingir a meta de 10 mil bolas produzidas por mês. “O trabalho para o homem encarcerado possibilita ocupar o tempo ocioso de forma produtiva, elevando sua autoestima, principalmente, quando se trata de labor remunerado, onde poderá auxiliar sua família e sua subsistência”, frisa Machado.

Diferentes parcerias

Coordenadas pelo Setor de Trabalho da penitenciária, outras oportunidades também são oferecidas aos custodiados da PED por meio de parcerias firmadas com a Agepen. A marcenaria é uma delas, onde os internos transformam madeiras de demolição em móveis, proporcionando capacitação e treinamento.

Qualificação e trabalho remunerado nas áreas de costura industrial e de serigrafia também são disponibilizados. Na estrutura montada dentro do presídio, internos realizam do corte ao acabamento das peças. No local é feito desde camisas, calças a sacolas de viagem.

Entre as iniciativas de trabalho, destaca-se também a horticultura, que agrega mais valor nutricional e qualidade na alimentação dos internos. São hortaliças e verduras orgânicas que, além da atividade laborativa, proporcionam capacitação aos internos para uma futura economia familiar.

Conforme o diretor do presídio, o trabalho prisional dentro da PED tem sido uma ferramenta eficaz para levar novas perspectivas de vida a custodiados. Além de contribuir para a disciplina interna, favorece no processo de reinserção social.

Novas frentes poderão ser implantadas na Penitenciária de Dourados, entre elas a produção de cadeiras de fio, produtos de higiene e limpeza e a confecção de tijolos ecológicos.

Segundo o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, desenvolver as atividades voltadas para o mercado de trabalho permite a ressocialização, a qual desencadeia conceitos positivos na recuperação dos custodiados como o desenvolvimento de relações éticas, a recuperação da honra e do senso de humanidade, além de afastar os pensamentos negativos e permitir o melhor aproveitamento da estrutura penitenciária.

 

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