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Em abertura de Festival, governador destaca parceria para continuidade das tradições culturais

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     O governador Reinaldo Azambuja destacou na noite de ontem (11), durante a abertura do 11º Festival do Sobá, a importância das parcerias para a continuidade dos festivais e das tradições culturais. “Temos visto que com o passar dos anos muitos festivais estão deixando de serem realizados, principalmente nesse período de crise. Mas nós que acreditamos, só mudamos a roupagem desses eventos. O evento de hoje já faz parte da nossa cultura e a Feira Central também”, disse.
    Azambuja também frisou a persistência dos idealizadores do evento para manter as tradições culturais. “Sabemos que temos aqui visitantes de outros estados, municípios e países e que vem conhecer a Feira Central e essa culinária. Devemos a continuidade dessa tradição do Festival, o sobá como patrimônio de Campo Grande à persistência desses profissionais empreendedores. Nós temos que ter orgulho dessas pessoas que fazem a cultura se tornar tradição e que juntos levam o nome do nosso Estado”.
    A abertura do Festival foi oficialmente declarada após a Cerimônia do Saquê, onde um barril foi quebrado e o saque servido aos convidados. O Festival do Sobá é um evento que tem como objetivo disseminar a cultura japonesa através de oficinas, arte, dança e gastronomia. O evento faz parte do calendário oficial de eventos do Estado e da Capital e recebe todos os anos cerca de 150 mil visitantes. O Sobá já é considerado patrimônio imaterial de Campo Grande.
    Parceiro do evento há várias edições, este ano o Governo do Estado realizou o repasse de R$ 40 mil para o cachê da dupla Teodoro e Sampaio, que realizou um show gratuito após a solenidade de abertura do Festival. Nesta edição o evento também tem como novidade o primeiro Desafio Gastronômico que irá apresentar releituras do prato através de 12 novos sabores, a serem apreciados e votados pelo público.
    Para Manoel Pereira, o feirante de 84 anos e mais antigo da Feirona, o Festival representa movimento nas vendas. “Tem dias que não vendo nem 10 reais, mas quando essa festa acontece meu ganho aumenta”. Manoel não come sobá porque não vê graça, mas o Festival ele apoia. “Traz gente diferente pra cá, gente que compra mesmo. As pessoas vem aqui e levam várias lembranças para a Bahia, São Paulo, é a minha venda indo para outros lugares”.

A história do sobá
    O sobá (trigo-sarraceno ou mouro) chegou ao Japão juntamente com o Budismo. Com o intuito de ampliar esta religião, muitos templos foram construídos em várias regiões do país. Como consequência, a alimentação dos religiosos também se tornou popular, propiciando o surgimento de diversos pratos à base de sobá. Os antigos japoneses usavam o sobá debulhado para fazer uma espécie de ojiya (sopa grossa), comendo-o ora misturado a outros cereais, ora sovando-o com água quente (sobagaki), ou como moti (sobamochi), obtido depois de sovar a massa até que esta ficasse com a consistência de moti. Todos estes pratos acabaram caindo no esquecimento e hoje, basicamente, come-se o sobá em forma de macarrão, conhecido como sobakiri (literalmente sobá cortado), ou simplesmente sobá, que surgiu somente na Era Edo (1600 –1867). Fonte: Portal Nippo Brasil.

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