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Em sete meses, contratações do FCO já superam o total do ano passado: R$ 1 bilhão

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Campo Grande (MS) – As contratações de financiamentos das linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) até julho deste ano somam R$ 1.005.459,00 e já superam o total contratado durante todo o ano passado (R$ 850.079,00). É o que demonstra relatório da Superintendência de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). O Estado tem disponíveis R$ 2,3 bilhões do FCO para este ano (R$ 1 bilhão a mais que em relação ao ano passado) e o esforço do governo é no sentido de colocar todos esses recursos na economia.

Se depender da disposição do empresariado sul-mato-grossense, isso vai acontecer. Além dos contratos já firmados que superam R$ 1 bilhão, tramitam junto ao Banco do Brasil um volume de pedidos de financiamento que somam mais cerca de R$ 800 milhões, alguns em análise, outros em fase de contratação, e ainda há aqueles aguardando projeto, carta consulta ou com qualquer pendência. Esse bom desempenho pode ser atribuído aos juros atrativos melhores que de 2016, ao trabalho desenvolvido pelos técnicos do Governo do Estado e do Banco do Brasil junto ao empresariado, aliado a uma ligeira alta da confiança do empreendedor na economia do País.

Chama a atenção o crescimento do volume de contratações na linha FCO Empresarial, que atende empreendimentos da área urbana. Durante todo o ano de 2016 foram contratados R$ 101,8 milhões, enquanto que de janeiro a julho deste ano já somam R$ 375,7 milhões. Portanto, alta de 270% na linha FCO Empresarial nos primeiros sete meses deste ano. E esse valor pode dobrar, dependendo da aprovação dos pedidos já encaminhados ao banco.

Já o FCO Rural continua com excelente desempenho. Em 2016 essa linha de crédito liberou R$ 748 milhões no Estado e neste ano, de janeiro a julho, o montante contratado já chega a R$ 629,6 milhões, sendo que outros R$ 401 milhões estão em análise. O FCO Rural financia desde a instalação de armazéns, sistemas de irrigação, compra de máquinas e equipamentos, como também o custeio agrícola e pecuário.

Estratégia

Desde que conseguiu, junto ao Condel (Conselho Deliberativo do FCO), elevar o montante de recursos destinados a Mato Grosso do Sul de R$ 1,3 para R$ 2,3 bilhões, o governo do Estado tem envidado esforços para efetivamente colocar esse volume de recursos na economia e, com isso, manter ou até melhorar o teto de financiamentos do Estado. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck (cuja pasta administra a canalização dos recursos do FCO), cita as principais medidas adotadas para agilizar e facilitar a tomada de empréstimos por essa modalidade de crédito: “Sensibilizamos o banco para que as análises dos projetos iniciassem em janeiro, solicitamos as revisões das taxas de juros para o setor empresarial e rural e defendemos uma série de mudanças junto ao Condel para dar mais competitividade ao Fundo e garantir agilidade nas contratações”.

Estão nas taxas de juros, hoje, o principal atrativo do financiamento. Os percentuais do FCO Rural recuaram de 8,5% a 13,25% (vigentes até 30 de junho de 2017) para 6,7% a 12,25%. “Nós já havíamos demonstrado ao Ministério da Integração, à Sudeco e ao ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles a necessidade de redução dos juros do FCO. Da forma como estavam, as taxas não tinham competitividade frente a outras linhas disponíveis no mercado, inclusive o Plano Safra. Nós apontamos que tínhamos espaço para essa redução, devido à inflação em queda e ao recuo da taxa Selic, mas ela poderia ter sido mais agressiva. De toda forma, o recuo de um ponto percentual atenderá a um volume substancial de projetos do FCO rural que ainda estão em tramitação e cujos proponentes aguardavam essa queda. É mais uma ação do governo que efetivamente dá resultado”, afirmou Verruck.

O secretário lembrou que “a redução poderia ser mais agressiva para dar mais competitividade ao Fundo, mas tivemos um recuo expressivo na linha que trata de ‘operações florestais destinadas a projetos de conservação e recuperação de áreas’, que caiu de 9,5% para 6,7%. Essa é uma demanda crescente e importante sob o ponto de vista de política pública. Agora vamos defender no Condel a antecipação da revisão nos percentuais para o setor empresarial. Ela geralmente ocorre em dezembro, mas nosso pleito é para que ela ocorra em outubro ou mesmo antes”, finalizou.

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