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Escola do Sesi de Aparecida do Taboado promove oficina sobre “Somos o que comemos”

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      A Escola do Sesi de Aparecida do Taboado promoveu, de 6 de fevereiro a 6 de março, a primeira oficina de aprendizagem com o tema “Somos o que comemos” para os alunos da 1ª série do Ensino Médio e professores de Biologia e Língua Portuguesa. A oficina teve vários ambientes da unidade escolar, como sala de aula, laboratório físico-químico, auditório e quadra de esportes.

      Segundo a diretora da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado, Silvia Lúcia Bernardes Watanabe, a oficina de aprendizagem foi desenvolvida com o intuito de propiciar ao aluno atitudes positivas em relação à Química, Física e Biologia em seu cotidiano. “Ou seja, procuramos desenvolver a capacidade de fazer ciência construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas relacionados às informações nutricionais contidas em embalagens de cada alimento, adquirindo discernimento diante as propagandas enganosas divulgadas por empresas e, assim, aumentar sua autoestima e perseverança na busca de soluções”, pontuou.

      Ao longo da oficina, os alunos foram instigados pelos professores a encontrarem soluções para o que é alimentação saudável, quais alimentos são considerados saudáveis, se alimentação da sociedade local é, de fato, saudável, se as informações nutricionais contidas em embalagens de alimentos e também as informações de conhecimento popular são validadas cientificamente e se os alimentos mais atrativos para vocês são também os que mais contribuem com o organismo humano.

      Individualmente, os alunos, levantaram dados sobre os alimentos que são consumidos diariamente por eles. A partir da coleta de dados, os alunos organizaram os itens alimentares mais frequentes em uma tabela quantitativa e transformaram esta tabela em um gráfico traçando assim um perfil de alimentação do grupo de teste que serão eles mesmos. 

 

Trabalho prático

      Os itens alimentares classificados como “principais”, de acordo com a tabela elaborada na etapa anterior, foram levados ao laboratório físico-químico, onde, por meio da montagem de um calorímetro, construído pelos próprios alunos, a quantidade de Kcal de cada um dos itens foi testada qualitativamente, outras amostras foram trituradas mecanicamente e imersas em uma solução ácida para apresentar os padrões de PH do estômago humano. 

      Essa etapa exigiu que os alunos observassem, periodicamente, e fizessem as devidas anotações. Após uma abordagem teórica sobre os dados levantados nas etapas laboratoriais, os itens alimentares analisados foram novamente organizados em uma tabela, desta vez qualitativa, comparados entre si a fim de se construir uma pirâmide alimentar coerente que atinja os padrões econômicos e socioculturais dos alunos envolvidos na oficina.

      Para finalizar, eles receberam o empresário e proprietário da academia Hard Fit, Bruno Rodrigues, para ministrar uma palestra sobre a importância de se alimentar bem e praticar exercícios. O professor conduziu os alunos até a quadra esportiva para que realizassem exercícios físicos direcionados pelo educador da academia e, para incentivá-los, os alunos que realizaram o exercício físico proposto com maior determinação foram contemplados com um mês grátis na academia.

 

Docentes

      O analista da gerência de educação Murilo Augusto de Oliveira Junior destacou que as oficinas de aprendizagem são uma oportunidade única para cada aluno ser o protagonista da própria aprendizagem. “Elas instigam, causam curiosidade e permitem a pesquisa. Trabalhos em grupos possibilitam que os alunos façam experiências e coloquem a mão na massa e é isso que a educação do século XXI necessita: protagonismo estudantil. Sem falar que essa nova proposta do Sesi já vai ao encontro do que a nova lei do Ensino Médio estabelece, que é a formação em tempo integral e por área do conhecimento e não por disciplinas, o que fragmenta o ensino”, pontuou. 

      O professor de Biologia e Empreendedorismo, Vinícius Agostini, reforça que nada mais coerente que iniciar as oficinas de aprendizagem no contraturno, com um tema polêmico e abrangente como a alimentação saudável. “Os resultados não poderiam ser melhores, após uma sensibilização sobre o tema, os alunos foram instigados a aprenderem cada vez mais sobre este assunto, empenharam se em participarem ao máximo da oficina. Espero que esta atitude se espalhe e gere bons frutos”, disse. 

      O proprietário da Academia Hard Fit, Bruno Rodrigues, acrescentou que, por atuar no ramo da atividade física, tem uma visão do quanto é importante hábitos saudáveis na vida das pessoas. “Considerei fantástica a iniciativa do Sesi em proporcionar uma oficina de aprendizagem com foco voltado para uma vida com alimentação saudável e mais ativa fisicamente. Nessa faixa etária da adolescência, nossos jovens estão muito propícios a desenvolverem transtornos alimentares e compulsivos por conta da mídia ou dos próprios costumes familiares e esse tipo de educação nutricional é de suma importância nessa fase em que os jovens estão formando suas próprias opiniões”, afirmou.

      Já o estudante Rayander Alves da Silva Martins, aluno da 1ª série Ensino Médio, relata que gostou de fazer parte da oficina, pois lhe ajudou muito a se reeducar e mudar seus hábitos alimentares em casa. “Eu consegui emagrecer, porque estava acima do peso”, garantiu. A aluna Luana Zanerato, também da 1ª série do Ensino Médio, completa que, ao pensar em reeducação alimentar, é preciso ser empreendedor também na vida social e pessoal. “A oficina foi muito útil, pois ajudou bastante na minha alimentação. Além disso me deu uma boa noção do que eu devo e não devo comer”, acrescentou o estudante Felipe Castro, aluno da 1ª série do Ensino Médio.

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