Começa nesta segunda-feira (3) a Semana Saúde na Escola contra o Aedes aegypti. A iniciativa pretende envolver estudantes em atividades para identificar e eliminar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e vírus da Zika.
Mais de 140 mil estudantes, em 78 mil escolas de 5.570 municípios do País, estarão envolvidos nas ações de prevenção e combate ao mosquito. A meta é que toda informação obtida na escola seja compartilhada com a comunidade, orientando a população sobre como agir no combate ao Aedes aegypti e eliminar qualquer foco que possa servir como criadouro para larvas do mosquito.
Além dos estudantes, a campanha envolve unidades de saúde, equipes da atenção básica, profissionais da educação e familiares. A ação de mobilização integra o Programa Saúde na Escola (PSE).
“A mobilização é fundamental para redução das doenças provocadas pelo Aedes. Além de desconfortos, podem provocar mortes. Por isso, é preciso uma ação conjunta, envolvimento de todos, da sociedade civil e de governos no combate ao mosquito”, enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Saúde na Escola
Todos os anos, profissionais das duas áreas trazem para o trabalho no ambiente escolar um tema em destaque no País. Desde 2015 a participação dos municípios na Semana Saúde na Escola é voluntária, não sendo necessário fazer a adesão.
Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola surgiu como uma política intersetorial entre os ministérios da Saúde e da Educação, com o objetivo de promover qualidade de vida aos estudantes da rede pública de ensino por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
Eliminação do mosquito
O governo federal tem adotado diversas ações, voltadas para a eliminação do mosquito, que resultaram na queda expressiva dos casos de dengue, Zika e chikungunya. Neste ano, até o dia 25 de março, foram notificados 90.281 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução de 90% em relação ao mesmo período de 2016 (947.130). Também houve queda expressiva no número de óbitos: 97%, passando de 411 em 2016 para 11 em 2017.
Em relação à chikungunya, a redução do número de casos foi de 73%. Até 11 de março, foram registrados 26.856 casos da febre, o que representa uma taxa de incidência de 13,0 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 101.633 casos neste mesmo período.
O Ministério da Saúde também registrou, até 25 de março, 4.894 casos de Zika em todo o País. Uma redução de 97% em relação a 2016 (142.664 casos). A incidência passou de 69,2 em 2016 para 2,4 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento.
Em relação às gestantes, foram registrados 727 casos prováveis. Não houve registro de óbitos por Zika em 2017.