O governador Reinaldo Azambuja lançou oficialmente, na sexta-feira (24), a 16ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB), no auditório da governadoria. Com uma programação diversa e plural para todos os tipos de público, o festival cultural mais tradicional de Mato Grosso do Sul vai acontecer de 28 a 31 de julho e promete surpreender a plateia com um universo híbrido.
As atrações vão desde artistas regionais de várias gerações e espetáculos nacionais já consagrados, até debates, oficinas, exposições, peças teatrais, dança, circo e filmes focados na infância e atividades para a juventude. O FIB possibilitará repensar o passado, projetar o futuro e mergulhar na cultura do estado de Mato Grosso do Sul.
Durante o lançamento estiveram presentes o secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Renato Roscoe, a presidente da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS), Andréa Freire, o presidente da Fundação de Turismo (Fundtur), Nelson Cintra, e o prefeito de Bonito, Leleco Brito, além dos superintendentes do Estado e outras autoridades.
Em 2016, o Festival de Inverno de Bonito terá em sua programação 83 atividades em várias áreas, sendo 62 realizadas por artistas locais e 21 por nacionais. Ao todo serão 410 pessoas envolvidas nas apresentações artísticas, sendo 311 de MS e 99 de fora doEestado, entre artistas e equipe técnica.
Para o governador Reinaldo Azambuja este número só enriquece os talentos do Mato Grosso do Sul. “Para nós é um orgulho, este festival estimula nossos talentos nos diversos setores da economia, valorizando nossa arte, desde o teatro, música, dança, cinema e outras artes que estão despertando nossa cultura. Fico feliz em darmos continuidade com esse festival que é uma marca registrada para todo o MS”, comentou o governador.
O secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Renato Roscoe, destacou a importância de manter vivo o festival, mesmo em meio a dificuldades econômicas. “Com todos os desafios em tempos de crise, manter o festival com a qualidade que ainda carrega é uma satisfação. Além disso, resgatar a participação local de nossos artistas junto ao município de Bonito, junto às fundações de Turismo, de Cultura e de Ciência e Tecnologia é uma ação que merece sua valorização. Em nome da Sectei parabenizo aqui toda equipe”, disse Renato Roscoe.
O prefeito de Bonito, Leleco Brito, lembrou que o FIB foi construído ao longo de muitos anos e somente com muita parceria se consolidou: “Acredito que o Festival de Inverno de Bonito é o ápice de nosso turismo e se consolidou ao longo de muito trabalho de administrações estaduais e municipais. Não tenham dúvida que Bonito é uma cidade exigente e que vamos cobrar cada vez mais o investimento e a participação do Estado, para levarmos o nome do MS para o Brasil e para o mundo”, falou Leleco.
Entre as dezenas de atrações da programação, destaque para os homenageados Geraldo Roca e Paulo Boggiani. O compositor Geraldo Roca foi um dos mais importantes do estado e sua obra reflete o jeito de ser sul-mato-grossense. Para relembrar suas canções, haverá um tributo em sua homenagem, com artistas de MS de várias gerações no show “Uma Pra Estrada”, dirigido por seu amigo e parceiro Paulo Simões. Já o geólogo Paulo Boggiani recebe merecida homenagem nesta edição do festival pela contribuição fundamental para o desenvolvimento de Bonito, já que o professor do Instituto de Geociências da USP desenvolveu pesquisas pioneiras sobre a geologia da Serra da Bodoquena e Corumbá. Coordenou o primeiro curso de formação de guias de turismo em Bonito, em 1983, e o plano de manejo das grutas do Lago Azul e Nossa Senhora Aparecida.
Outra personalidade de MS que terá destaque na programação do FIB 2016 é o artista plástico Humberto Espíndola. O campo-grandense completou 50 anos de trajetória artística em 2015 e cinco décadas de Bovinocultura em 2017. Para comemorar a carreira e a obra primorosa de Humberto, o festival contempla o público com a exposição “A Divisão de Mato Grosso – Quadro a Quadro”. São oito quadros pintados por Humberto em 1978, ano da implantação do Novo Estado, onde o artista traduz e sintetiza plasticamente a história da Divisão. Haverá ainda a oficina “Relendo a Obra de Humberto Espíndola” onde os participantes irão fazer suas próprias interpretações dos quadros do artista.
Na música, misturam-se artistas de Mato Grosso do Sul com convidados de outros estados brasileiros. Destaque para a soberana Elza Soares, que do alto dos seus mais de 60 anos de serviços prestados a cultura brasileira, vem ao festival comandar um dos shows mais premiados do cenário musical do país, “A Mulher do Fim do Mundo”. Destaque também para o turbinados Nação Zumbi. A banda relembra o Afrociberdelia, último disco gravado com o general Chico Science há 20 anos que pôs Pernambuco no mapa da música brasileira nos anos 1990. São várias as tendências musicais presentes este ano no FIB, desde o sertanejo pop fronteiriço do quarteto feminino Barra da Saia, até o instrumental refinado dos gaúchos Renato Borghetti e Yamandu Costa. Mas a diversidade e a qualidade também estão presentes nas atrações de MS, desde a banda Curimba, passando pelo O Santo Chico, até os regionalistas universais Leo Goiano e Girsel da Viola, a Orquestra Filarmônica Jovem do Pantanal e os músicos foliões da Orquestra Vai Quem Vem.
O FIB também contempla a estética contemporânea do teatro, do circo e da dança, reveladora da riqueza cultural, do potencial criativo dos artistas brasileiros e das expressões da cultura popular do Mato Grosso do Sul. Algumas atrações foram criadas sob medida para o FIB. É o caso de “Poropopó Varietê” que reúne integrantes dos grupos Circo do Mato, Circo Le Chapeau e Cia Simbiose especialmente para o festival. Vale o enfoque sensível de algumas peças como o musical “Gaia A Mãe Natureza”, um misto de commedia dell’arte, da contação de história, da palhaçaria clássica e de técnicas circenses, e “Uma Moça da Cidade”, que conta a saga de uma jovem do interior que se aventura na cidade grande em busca de seus sonhos e amores.
O público vai poder conferir a fraternal “Dança Circular” onde todos formaram uma grande roda para uma vivência artística reveladora e surpreendente comandada pelas campo-grandenses Roberta Siqueira e Franciella Cavalheri. Será possível conferir o espetáculo de dança “Cidade”, dos veteranos do Núcleo OMSTRAB (SP). Muito esperado também o inusitado e cativante espetáculo paulistano “Um Café da Manhã”, baseado em acrobacias aéreas com a dupla Ana Coll e Kadu Mendes. A peça “Vila Tarsila”, que revisita a infância da célebre artista plástica, é outro ponto alto da programação do FIB 2016.
O festival também terá uma mostra de cinema que revela a infância e o seu meio ambiente, com produções audiovisuais focadas na cultura da criança e sua relação com o meio em que transita. Estão programados os seguintes filmes: “A Poeira/MS”, “Cordilheira de Amoras II/MS”, “Escola das águas: O desafio pantaneiro/SP”; “Nham-Nham: A criatura/MS”, “Mitã/MS”, “O menino e o mundo/SP” (concorrente do Oscar em 2016 na categoria animação); “A Princesa Pantaneira/MS” e “O Menino no Espelho/SP”. No domingo (31.07), haverá uma mesa redonda (A Criança e Seu Meio Ambiente no Cinema) com os diretores dos curtas-metragens produzidos em MS.
Festival de Inverno de Bonito aposta na pluralidade de atrações para cativar o público em 2016
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