Já nas primeiras horas desta terça-feira (3), os aparecidenses foram surpreendidos pela presença de equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, que deflagrou na manhã de hoje a Operação Back Door para cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Aparecida do Taboado e Campo Grande.
Para não comprometer o cumprimento dos mandados, a Assessoria de Imprensa do Gaeco ainda não divulgou detalhes sobre o teor da operação e qual o envolvimento dos investigados em Aparecida do Taboado. No entanto, circula em alguns veículos de comunicação do Estado que o objetivo é desmascarar esquema de fraude em concurso público. No certame mais recente, realizado no domingo da semana passada (24), as provas para procurador jurídico do município foi cancelada por decisão liminar da 2ª Vara Cível de Aparecida do Taboado.
O mandado de segurança com pedido de suspensão foi impetrado pelo MPMS, que apontou “inadequações para investidura no cargo de procurador”. O certame, entretanto, foi aberto para contratar servidores para várias outras funções, de engenheiro a telefonista. No dia seguinte ao concurso, a prova para o cargo de recepcionista também foi suspensa pela Comissão Organizadora do Concurso por conter erros de encadernação. Segundo a comissão, haviam questões idênticas ao caderno de provas para o cargo de Agente Administrativo.
Segundo a chefe do Gaeco, promotora Cristiane Mourão, o nome da operação [Back Door] refere-se à ‘porta de trás’, utilizando uma tradução literal, "é uma referência às pessoas que querem ingressar no serviço fraudando o concurso público, ou seja, querem ingressar ‘pela porta dos fundos’”, esclareceu ela.
Só neste ano, o GAECO já prendeu mais de 20 policiais envolvidos com esquema de corrupção e contrabando, pela Operação Oiketicus, e desmontou cartel do gás de cozinha em Dourados e região.

