Aparecida do Taboado (MS) – Deflagrada na manhã desta terça-feira (3), a operação ‘Back Door’ do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul percorre algumas das principais Secretarias da Prefeitura, além de imóveis e residências de servidores lotados e já exonerados.
Imóveis particulares de um dos assessores jurídicos da Prefeitura foi alvo dos policiais, que acabaram apreendendo notebook e celular pessoal. O ex-secretário de Obras também recebeu os agentes em casa na manhã de hoje e teve o celular apreendido.

Na Prefeitura, integrantes do GAECO vasculham Secretaria de Administração, Obras, Licitação e Assessoria Jurídica. Servidores lotados nestes setores foram impedidos de entrar nas salas. Documentos e computadores estão sendo vasculhados e, possivelmente, serão apreendidos. Alguns servidores públicos também receberam mandado de apreensão e entregaram aparelhos telefônicos particulares.
Em Aparecida do Taboado, o GAECO cumpre 6 mandados de busca e apreensão. Já na Capital, a mesma operação cumpre mais 4. O advogado Dr. Denilson Sobrero, representante da OAB local, acompanha a movimentação.
Operação
Para não comprometer o cumprimento dos mandados, a Assessoria de Imprensa do Gaeco ainda não divulgou detalhes sobre o teor da operação e qual o envolvimento dos investigados em Aparecida do Taboado. No entanto, circula em alguns veículos de comunicação do Estado que o objetivo é desmascarar esquema de fraude em concurso público. No certame mais recente, realizado no domingo da semana passada (24), a prova para procurador jurídico do município foi cancelada por decisão liminar da 2ª Vara Cível de Aparecida do Taboado.
O mandado de segurança com pedido de suspensão foi impetrado pelo MPMS, que apontou “inadequações para investidura no cargo de procurador”. O certame, entretanto, foi aberto para contratar servidores para várias outras funções, de engenheiro a telefonista. No dia seguinte ao concurso, a prova para o cargo de recepcionista também foi suspensa pela Comissão Organizadora do Concurso por conter erros de encadernação. Segundo a comissão, haviam questões idênticas ao caderno de provas para o cargo de Agente Administrativo.
Segundo a chefe do Gaeco, promotora Cristiane Mourão, o nome da operação [Back Door] refere-se à ‘porta de trás’, utilizando uma tradução literal, "é uma referência às pessoas que querem ingressar no serviço fraudando o concurso público, ou seja, querem ingressar ‘pela porta dos fundos’”, esclareceu ela.
Só neste ano, o GAECO já prendeu mais de 20 policiais envolvidos com esquema de corrupção e contrabando, pela Operação Oiketicus, e desmontou cartel do gás de cozinha em Dourados e região.




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