Você é do time que presta a atenção nas mudanças de consumo e comportamento ao seu redor? Se a resposta for, sim, você não é do time que insiste em dizer que o Lado B não tem assunto. Dezembro é época que, independentemente de religião, as pessoas se juntam para confraternizar e, principalmente, comer. Uma das receitas mais tradicionais na última noite do ano é a lentilha, mas algo está mudando e o grão “do dinheiro” já não é sinônimo só de Réveillon.
Enquanto alguns defendem que o aumento no consumo da lentilha esteja ligado ao avanço considerável dos adeptos ao veganismo e vegetarianismo. A nutricionista Ana Paula Paiva admite que as pessoas que seguem esses estilos de vida consomem maior quantidade de alimentos vegetais, mas prefere se basear em dados e experiências diretas com seus pacientes.
“Não há um estudo que comprove que esse crescimento e muito menos que esteja diretamente ligado com os veganos e vegetarianos. Já tive muito pacientes adeptos a esses estilos de vida e realmente eles consomem mais, mas posso dizer que esteja ligado a essa onda fitness”, frisa.
Uma porção de 75 gramas de lentilhas, por exemplo, contém a mesma quantidade de proteínas presente em 100 gramas de carne vermelha. Há uma extensa lista de vegetais capazes de oferecer esses benefícios ao organismo, como a couve-flor, aspargos, tofu, vagem, abacate, nozes, brócolis e o leite vegetal.
Vale a pena – Ana Paula garante que se houve crescimento ou não, o correto seria dizer: “vale a pena incluir a leguminosa no dia a dia”. A nutricionista aponta uma diversidade de receitas. “A forma mais usada da lentinha ocorre na substituição do feijão. Mas também dá para fazer sopa, caldo, salada e até massa com o grão cozido. Na salada pode ser degustada fria. É rica em fibra e em proteína”, pontua.
