Caracterizar sistemas de produção das culturas de soja e milho, além de identificar custos e análises da rentabilidade de forma regionalizada. Estes são os principais objetivos do MEA – Mapeamento da Economia Agrícola de MS. A iniciativa leva painéis para regiões consideradas polos produtivos e áreas de expansão desses segmentos, como é o caso da nova fronteira agrícola, mais precisamente a costa leste do estado, que não é tradicional neste ramo. O município de Iguatemi, região Sul, abre o cronograma nesta terça-feira, 30 de setembro.
O projeto, que conta com o apoio institucional do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e tem como entidade responsável a Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, utilizará modelos já aplicados pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, pelo CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada e pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
De acordo com o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, o potencial produtivo e a localização do Estado contribuem para o sucesso do projeto. “Somos reconhecidos pela posição estratégica, aliada aos solos férteis e ao aprimoramento constante, que resultam em números que despontam no cenário nacional e internacional, como a projeção para 2016 do VBP – Valor Bruto de Produção Agropecuária, de R$ 27 bilhões”, ressalta.
O trabalho será feito em regiões de maior relevância no cultivo de grãos, bem como em áreas de expansão das culturas estudadas, com periodicidade anual, por intermédio de entrevistas e painéis com participação dos agentes econômicos da produção no levantamento das informações e dos sistemas produtivos mais representativos que refletem a realidade da região e do estado.
De acordo com a gestora da unidade de economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, a ideia é garantir condições para que o Estado tenha disponíveis informações econômicas e componentes técnicos para o produtor rural. “Com as estimativas atualizadas, o produtor tem a possibilidade de conhecer o custo de produção na sua região. A proposta é levar o painel para 14 municípios”, explica.
Realizado in loco o trabalho identifica gargalos e avanços tecnológicos e traz eficiência na produção de alimentos e aumento da competitividade com a preocupação sustentável. Além dos produtores que contribuíram com características específicas, o conteúdo também beneficiará empresas do ramo rural, como instituições financeiras, seguradoras, corretoras, fábricas, órgãos estaduais e municipais, comunidade científica, cooperativas entre outros.
Ainda nesta semana recebem o painel os municípios de Amambai e Ponta Porã. Na sequência é a vez de Maracaju, Sonora, Costa Rica, Bonito, Sidrolândia, Naviraí, Dourados, Três Lagoas Nova Andradina, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste. A programa segue até abril de 2017.
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