O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Aparecida do Taboado, cidade a 456 km de Campo Grande, obteve a condenação de A. N. de S. a 45 anos de reclusão pelo crime de feminicídio.
O crime, cometido em setembro de 2023, foi caracterizado por extrema violência. A vítima, M. C. de O., foi atacada com golpes de facão na região do pescoço, cabeça e braços, após ser surpreendida pelo réu em uma emboscada. Além disso, o crime foi cometido na frente do filho da vítima, de apenas 11 anos, que presenciou toda a brutalidade do assassinato.
O MPMS foi representado pelo Promotor de Justiça Matheus Macedo Cartapatti, que demonstrou que o crime foi cometido por motivo torpe, com meio cruel e emboscada, além de ter sido configurado como feminicídio, uma vez que foi motivado pelo inconformismo do réu com o término do relacionamento.
A acusação, com base nas provas dos autos, destacou a brutalidade do crime e a necessidade de uma resposta firme da Justiça.
O réu foi sentenciado a 45 anos de reclusão, em regime inicial fechado, sem possibilidade de substituição da pena. A decisão do Tribunal do Júri reforça a importância da atuação do MPMS na responsabilização de crimes contra a vida e na luta pela justiça para as vítimas de feminicídio.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul reafirma sua missão de proteger os direitos fundamentais da sociedade, garantir a aplicação da lei e combater a impunidade, especialmente em casos de violência contra as mulheres.
O Caso – À época, a vítima foi perseguida e assassinada pelo companheiro, de 49 anos, quando voltava para casa e, segundo a polícia, o suspeito já a ameaçava por mensagens.
A vítima estava de moto quando o suspeito começou a perseguição. Em dado momento, o homem teria batido no veículo da vítima e desferido os golpes de facão. A mulher foi atingida nos braços, pescoço e dedos. Ela morreu ainda no local do crime, próximo à sua casa, sob os olhos do filho de 11 anos, que presenciou toda a cena.
