Campo Grande (MS) – O produtor rural deu um salto quantitativo e qualitativo nos últimos anos. E esta história, na opinião do agropecuarista Leonardo de Barros, precisa ser contada do ponto de vista sociológico e econômico. “Quem foram essas pessoas, por que eles estavam tão abertos à tecnologia que nos fez sair lá de trás e passar ser o primeiro?”. Em sua opinião foi uma sinergia que proporcionou este boom. Temos alguns cases no mundo: a tecnologia japonesa, a indústria americana, a evolução alemã, e o Brasil é um case no agronegócio, pontua Barros. A tecnologia disponível, tendo a Embrapa como motor, em segundo momento as grandes indústrias de produtos agrícolas, material genético, tudo isto vem construindo história do agronegócio.
“Até pouco tempo essa gente era estigmatizada, tratada como vilão do meio ambiente. Até o dia que a Globo resolveu falar que o negócio é legal em uma novela. A pessoa da zona Sul odeia produtor rural, porque na visão deles somos traidores. Não entendem que tudo que está na gôndola do supermercado foi plantado, cultivado por milhares de trabalhadores do campo. Se não fosse o agronegócio o País estaria numa situação muito complicada. Seríamos uma Nigéria”, avalia Barros.
Luis Alberto Morais, vice-presidente da Famasul, também destaca a importância das tecnologias que corrigiram, os antes solos ácidos e pouco produtivos, do cerrado brasileiro, em de alta fertilidade. Tecnologias que além de proporcionar altas produtividades, avançaram também na preservação ambiental. O plantio direto e a integração lavoura pecuária, de acordo com o agropecuarista, tem imprimido maior proteção e preservação dos solos. Solos cobertos, menor perda de umidade, redução nos riscos de erosão e ainda possibilitando elevação nos índices de matéria orgânica do solo. Tudo isto, segundo Morais, significa produzir, sequestrando carbono e transformando-o em matéria orgânica. Ou seja, em aumento da fertilidade, gerando segurança ao produtor e retorno para toda a sociedade.