A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul) classificou como “imensurável e inaceitável” o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, moradora do Rio de Janeiro. Há pouco, a Ordem emitiu uma nota de repúdio, afirmando que o caso se trata de “atos criminosos” e defendendo a punição de todos os autores. Além do crime, a situação chocou pela informação de que mais de 30 homens estupraram a jovem e ainda divulgaram as imagens nas redes sociais.
Assinado pelo presidente da Ordem em MS, Mansour Elias Karmouche, e pela Comissão de Combate ao Enfrentamento a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a nota ressalta que os atos criminosos cometidos “por mais de 30 algozes”, além de perpetuar práticas inerentes ao machismo também humilharam a vítima expondo a dor da jovem. “O grupo que praticou o abuso deve ser apenado com todas as agravantes que cada narrativa da vítima revelar”.
Continua dizendo que a violência sexual que a jovem foi submetida é “imensurável e inaceitável” e revela o modo com que as mulheres ainda são tratadas na sociedade e o quanto o machismo ainda está enraizado “em nossa cultura”. A OAB afirma que é seu dever combater com veemência os “mais diversos tipos de violência contra a mulher, sob pena de fomentar comportamentos perversos ao ponto de banalizá-los”.
Na nota, a Ordem ainda convoca a participação de todos na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher. Faz ainda um apelo ao Ministério da Justiça para que, junto com a secretaria de Políticas Públicas para as mulheres, promova ações para inibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres, com ênfase no estupro e no feminicídio.
A jovem de 16 anos, moradora do Rio de Janeiro, prestou depoimento ontem e contou que foi acatada por 33 homens armados com fuzis e pistolas. No sábado (21), ela foi visitar o namorado no morro do Barão, na zona Oeste do Rio, e diz só se lembrar de ter acordado no dia seguinte “dopada e nua”, em uma casa desconhecida e cercada pelos agressores. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio.
"Não foram 30 contra 1. Foram 30 contra todas" – Após a divulgação, o caso vem sendo classificado como “monstruoso e revoltante”. Mulheres de todo o País começaram a se mobilizar organizando atos contra a cultura do estupro – em Campo Grande, a ação será na Praça do Rádio, às 15 horas, na próxima quinta-feira.
A campanha “Todas por Elas” e outras manifestações, dizendo que "não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas", estampam as páginas de muitas mulheres, que demonstram revolta e perplexidade por casos como este ainda acontecerem. Elas exigem justiça e o fim da cultura do estupro.
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