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Polícia Militar Ambiental de Cassilândia captura tatu-canastra de mais de 40 kg

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Policiais Militares Ambientais de Cassilândia capturaram na última sexta-feira (25) pela manhã, um animal da espécie Priodontes giganteus (tatu-canastra). A PMA foi acionada no dia 23 no início da tarde, pelo funcionário e morador de um sítio, localizado a 11 km da cidade, nas proximidades da rodovia MS 306, em virtude de que o tatu teria entrado embaixo de sua residência e estava abrindo buraco de mais de 50 centímetros. O homem de 65 anos afirmou que se o tatu continuasse escavando por baixo, colocaria em risco a estrutura da casa.

No mesmo dia (23), a equipe foi ao local e lançou um pouco de água, na perspectiva de que o animal saísse, porém, não houve efetividade e o bicho continuava a escavar. Evitou-se jogar muita água por medo de desmoronamento no buraco e possível afogamento do animal. A equipe, então, armou uma armadilha na abertura inicial do buraco, pois se pensou que por ter hábito principal noturno, o animal poderia sair ao escurecer. Novamente sem êxito e o tatu encheu a armadilha de terra que saía do buraco.

Passou-se à noite, e a saga continuou no dia 24, quando os Policiais optaram por desobstruir a entrada da escavação e retiraram a armadilha, orientando os moradores a se afastarem da saída, deixando com eles dois cambões (petrechos de captura de animais), para que, se o bicho saísse, eles o capturassem, pelas patas. Novamente sem êxito.

Ao clarear do dia de ontem (25), a equipe optou por quebrar o contrapiso da casa, com autorização do proprietário do sítio, e escavar de encontro com o tatu, opção trabalhosa e com um prejuízo, mas acertada, tendo em vista que, dessa forma, os Policiais chegaram até o animal e realizaram a captura, com uso de cambões e o colocaram em uma caixa de contenção. A equipe percebeu que o tatu-canastra, que pesava mais de 40 kg, não apresentava ferimentos e o soltou em área de vegetação, distante do perímetro urbano e de residências de propriedades rurais.

TATU-CANASTRA

O tatu-canastra é o maior e mais raro dos tatus vivos. Pode medir mais de um metro de comprimento, com mais de 50 centímetros de cauda e pesar até 60 kg. As patas enormes possuem unhas possantes, sobretudo as anteriores, cuja unha central mede até 20 centímetros de comprimento. Ele cava grandes buracos para se alojar, revolvendo o solo e consegue alimento entre insetos, larvas, vermes, aranhas e serpentes.

O tatu-canastra habita os campos e cerrados de todo o Planalto Central do Brasil e Floresta amazônica. Animal de hábito noturno é encontrado na vizinhança de riachos e lagoas, tendo a fêmea de um a dois filhotes por parição. Por causa de sua carne saborosa e armadura resistente, hoje é raríssimo nas diversas regiões brasileiras onde ocorria e consta da lista de espécie em extinção brasileira.

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