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?Primeira Igreja Batista celebrou a Reforma Protestante

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Aparecida do Taboado (MS) – A Primeira Igreja Batista, realizou terça-feira (31/10), 19h30, a celebração dos 500 anos da “Reforma Protestante”, marco histórico que foi comemorado em vários países do mundo, quando em 31 de outubro de 1.517, Martinho Lutero afixou à porta do castelo de Wittenberg (Alemanha), as suas 95 teses, fonte dos chamados “cinco solas”.

A palavra latina “sola” significa “somente” em português. Eles sintetizam os credos teológicos básicos dos reformadores, pilares essenciais da vida prática cristã. Todos rejeitam os ensinos da então dominante Igreja Católica Apostólica Romana, a qual tinha usurpado atributos divinos ou qualidade para a Igreja e sua hierarquia.

Os cinco solas são: 1. Sola fide (somente a fé); 2. Sola Scriptura (somente a Escritura); 3. Solus Christus (somente Cristo); 4. Sola gratia (somente a graça) e 5. Soli Deo gloria (glória somente a Deus).

O evento de terça-feira contou com a exposição das 95 teses de Lutero, os cinco pilares da reforma (os solas), mostra de bíblias das mais diversas denominações religiosas, incluindo o Alcorão e a bíblia sagrada original, escrita em Hebraico e Aramaico e a menor bíblia já produzida no Brasil.

O culto foi aberto para toda comunidade, foi conduzido pelo Pr. Hudson Schildt e houve uma palestra proferida pelo Pr. Wilson Bento, da 2ª Igreja Batista da cidade de Paranaíba. Eles propuseram uma reflexão sobra a importância da reforma protestante e o comportamento de algumas denominações religiosas e seus líderes, que, nos dias atuais, oferecem tijolinhos, toalhas e outros objetos em troca de donativos. Neste contexto deixaram uma indagação: A “igreja” de hoje não está necessitando de uma reforma?

Neste ponto há consenso de que a igreja evangélica necessita de uma reforma para manter firme a palavra de Deus, a Bíblia é a regra de fé, o cabeça da Igreja é Jesus Cristo, os pastores são cooperadores e a reforma teve o valor de resgatar os valores das escrituras, porque é isso que dará segurança para as pessoas terem uma vida abençoada e a segurança eterna no céu. 

    

Legado

A Reforma Protestante completou cinco séculos nesta terça-feira (31). Um dos maiores legados da Reforma Protestante foi a abertura para a livre interpretação da Bíblia. Enquanto a Igreja Católica sustentava que só o clero — intermediário entre os homens e Deus — podia interpretar adequadamente a Bíblia, Lutero dizia que, para descobrir seu sentido, não era necessária a ajuda de padres. Segundo ele, em questões de fé, não havia diferença entre padres e leigos. Todos podiam receber sua fé diretamente de Deus. A postura de Lutero abriu espaço para um modelo de individualismo religioso que é uma das marcas da contemporaneidade.

Em outono de 1517 um monge de nome Tetzel viajava pela área próxima de Wittenberg, região de atuação de Lutero, vendendo indulgências. O dinheiro obtido destinava-se em parte à reconstrução da basílica de São Pedro, em Roma, e o restante ao pagamento de dívidas contraídas pelo arcebispo local na compra de seu cargo com o papa. 

Embora desconhecesse a segunda finalidade, Lutero irritou-se com as maneiras grosseiras de Tetzel e lançou um ataque à venda de indulgências, quando teria afixado à porta do castelo de Wittenberg suas 95 teses.

No documento, Lutero questionava a ideia da venda de indulgências por implicar uma prática corrupta e também por considerá-la frágil do ponto de vista teológico. Como a salvação poderia ser conseguida por meio de boas ações? No centro da argumentação de Lutero estava a convicção de que o homem alcançaria a salvação pela sua fé pessoal, marca de um senso de individualismo que se fazia presente na Europa naquele momento. Afirmava que o comparecimento à igreja, o jejum, as peregrinações e a boas obras não assegurariam a salvação. “As boas obras não seriam a causa da salvação, mas apenas seu resultado.”

 

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