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Projeto da CNA ajuda na preservação do Bioma Cerrado

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    O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, menor apenas que a Amazônia. Com mais da metade de sua área mantida com vegetação original, o bioma se espalha entre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí e Distrito Federal. 
    Estima-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas sejam endêmicas, ou seja, ocorrem apenas na região. A vegetação do cerrado é constituída por árvores baixas, inclinadas e de tronco retorcido. Isso ocorre pela falta de água durante o seu crescimento, provocada pelo regime de chuvas que são abundantes no verão, para em seguida e entrar em período de estiagem por cerca de seis meses. Pelo seu clima variado, entre o subtropical e o tropical, com temperaturas mais amenas nas regiões de altitude, a região do cerrado admite o cultivo de diversas espécies de culturas agrícolas.
    Com o objetivo de proteger, recuperar áreas degradadas e promover o uso sustentável do solo do cerrado, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Embrapa desenvolveram o projeto Biomas, componente Cerrado. O projeto promove a inserção de árvores nas propriedades rurais, gerando proteção ambiental com aumento de renda dos produtores. A área experimental do Biomas Cerrado está situada em uma propriedade rural próxima a Brasília (DF), aonde são avaliadas 97 espécies nativas de vegetais, cerca de 20 mil árvores e 521 mil sementes plantadas.
    Inicialmente, foram destinados 35 hectares para o plantio das árvores. Porém, com o interesse que tem despertado, o espaço foi ampliado para mais de 70 hectares. Em quase quatro anos de atividades, o projeto envolve 40 pesquisadores de diversas instituições. Além disso, alunos destas instituições têm colaborado com a implantação de 23 subprojetos em áreas de preservação permanente, reserva legal e em sistemas de produção.
    Segundo o coordenador do projeto Biomas Cerrado e pesquisador da Embrapa Cerrados, José Felipe Ribeiro, “o projeto tem sido muito importante, pois está testando e disponibilizando diferentes estratégias para o produtor rural, inclusive para aqueles com passivo ambiental”. Para a próxima estação chuvosa, está previsto o plantio de mais outro meio milhão de sementes.

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