O diretor Comercial e de Logística do Grupo São Martinho, Helder Gosling, avaliou nesta segunda-feira (19/12) que a safra 2017/2018 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil deverá registrar moagem de 580 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será menor que o de 595 milhões de toneladas do atual ciclo e reflete as adversidades climáticas e tratos inadequados das plantações. "Voltaremos aos níveis (de processamento) de quatro anos atrás", destacou ele, durante evento da empresa, no período da manhã, com analistas e investidores, em São Paulo.
Gosling também informou que o término do regime de cotas de produção na União Europeia (UE), a partir de outubro de 2017, deverá impulsionar a fabricação do alimento em mais de 1 milhão de toneladas. No primeiro ano sem esse regime, a produção no bloco, principalmente a partir da beterraba, deverá passar de 15,8 milhões para 19 milhões de toneladas.
Por fim, o diretor também comentou que 47% do volume de cana própria da safra 2017/18 já está com os preços fixados, a uma cotação média de 20,10 cents/lb.
Chuvas
O vice-presidente e COO do Grupo São Martinho, Agenor Pavan, afirmou que as chuvas em excesso nos meses de novembro e dezembro não comprometem a produtividade dos canaviais da companhia para a safra 2017/2018.
"Podemos ter alguma oscilação dentro da média histórica, de 3% a 4% para mais ou para menos", disse Pavan, durante evento com analistas e investidores, em São Paulo. Conforme as projeções apresentadas, as quatro unidades da empresa devem moer 22,5 milhões de toneladas de cana na próxima temporada, 17% mais do que na comparação com 2015/16. O volume se aproxima da capacidade instalada da empresa, de 24 milhões de toneladas.
Para Pavan, será necessário elevar a produtividade das plantações no Estado de São Paulo e expandir a capacidade de esmagamento em algumas unidades, como a Santa Cruz, para que esses 24 milhões de toneladas sejam alcançados.