Aparecida do Taboado (MS) – Diretores da Sanesul se reuniram na manhã desta segunda-feira (29) com vereadores aparecidenses, na Câmara Municipal, para discutir a possibilidade de antecipar o contrato de renovação com o município, agora para os próximos 30 anos.
A preocupação da empresa de saneamento de MS é que tramita no Congresso uma lei que, se for aprovada, vai impossibilitar a renovação a partir de 2020, ano em que finda o contrato com Aparecida do Taboado. O novo texto diz que os municípios só poderão conceder concessão do serviço de saneamento mediante processo licitatório.
Em contrapartida, para antecipar a renovação, a empresa afirmou à Câmara que pretende investir R$ 15 milhões no município, cujo aporte financeiro já estará pactuado no novo contrato e deverá ser imediatamente liberado pelo Ministério das Cidades, com responsabilidades a cargo da Sanesul.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador José Rodrigues de Matos (Zezão), que participou da reunião, a empresa ainda se dispôs a acabar com a tarifa mínima de água (pois o pagamento passará a ser feito mediante consumo); diminuir a taxa de esgoto, passando de 70% cobrados hoje para 50%; e ampliar o traçado do emissário instalado no Rio Paraná para mais 100m adentro do rio, além de aterrar a tubulação que atualmente está exposta na orla do rio.
Zezão ainda confirmou que a Sanesul também pretende, nesses 30 anos, ampliar a cobertura da rede de esgoto, atingindo 54% da população, podendo chegar a 100%. Hoje esse índice é de apenas 17%.
No entanto, o presidente da Casa de Leis disse que os vereadores ouviram atentamente a proposta da empresa, mas não tomaram nenhuma decisão. Segundo Zezão, eles deverão organizar uma audiência pública para escutar o que pensa a população aparecidense sobre o assunto. Ele ainda destacou que Aparecida do Taboado terá que escolher entre renovar, municipalizar ou privatizar os serviços de saneamento, pesando prós e contras, e que a opinião da população será fundamental neste processo.
