Campo Grande (MS) – Reformas, mudanças e modernização do estado. Confira abaixo os melhores momentos da entrevista que o Secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, concedeu no início desta semana (25/03) ao programa Tribuna Livre da FM Capital.
O Estado vem passando por uma série de transformações, como por exemplo: reforma da previdência, aumento da jornada de trabalho para 8 horas diárias e enxugamento da máquina pública. Como essas mudanças impactam na modernização do Estado?
Eduardo Riedel – As reformas são importantes e necessárias para dar mais eficiência ao serviço público ofertado à sociedade. O país atravessa um momento difícil e rediscutir o modelo do sistema público é fundamental para o Brasil avançar. É claro que essas mudanças trazem consequências, mexem com a zona de conforto, mas precisamos refazer conceitos administrativos sob pena do estado falir. Precisamos rever nossas práticas e melhorar nossa eficiência como gestores.
De que maneira essa mudança na carga horário do servidor público estadual pode otimizar o serviço ofertado à população?
Eduardo Riedel – Esse é nosso principal objetivo e, para que isso aconteça, estamos revendo nossas práticas, readequando a jornada de trabalho e avançando na adoção de novas plataformas tecnológicas para melhorar o atendimento à população com serviços essenciais.
Com base na sua experiência administrativa no setor privado quais as medidas preventivas que o Estado precisa adotar para não ter surpresas negativas no futuro?
Eduardo Riedel – Começamos esse processo lá atrás tomando medidas austeras como o enxugamento da máquina pública. Posteriormente, veio a reforma da nossa previdência. Em relação ao futuro, vejo com otimismo o cenário para Mato Grosso do Sul. Somos um Estado promissor e cheio de oportunidades para investidores. Nossa gestão trata a educação com seriedade, porque acredita no ensino como uma ferramenta para impulsionar outros setores no futuro. Nesse sentido, o grande desafio é conseguir alinhar educação, sustentabilidade com crescimento econômico. Em relação ao agronegócio, estamos estruturados e o turismo na nossa região cresce ativando serviços e gerando renda.
O orçamento da União prevê repasses para saúde, educação e segurança, você acredita que Governo Federal irá incrementar os valores destas áreas para os estados?
Eduardo Riedel – Não temos essa expectativa de que o Governo Federal terá recursos expressivos a serem repassados aos estados da Federação. O Planalto tem uma agenda fiscal extremamente complicada. Lembrando que o Brasil apresenta déficit primários há anos e por isso estamos pagando essa conta toda agora com a recessão. Não vamos criar falsas expectativas de que seremos contemplados com grandes quantias para saúde, educação e segurança.
O período em que se discute a negociação salarial dos servidores se aproxima. Como está a negociação?
Eduardo Riedel – O processo começa a se intensificar agora por conta da database (período no qual começa a vigorar o valor do reajuste acordado entre os sindicatos) no mês de maio. Sempre buscamos construir um diálogo transparente com as categorias, não existe outra saída. Cabe a nós mostrar a realidade financeira do estado e aos sindicatos, apontar caminhos, sugerir alternativas para juntos formamos um resultado satisfatório.