O presidente da Fiems, Sérgio Longen, e o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, assinaram, nesta quarta-feira (21/09), o termo de cooperação com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para qualificar a mão-de-obra prisional, que atuará no projeto “Mãos que Constroem”. Essa iniciativa busca a utilização dos detentos capacitados para recuperarem prédios públicos, gerando economia, tanto de custos, quanto de tempo, além de buscar a ressocialização e diminuição da pena dos internos.
Para Sérgio Longen, essa parceria é de grande importância para o Senai. “A ressocialização e a qualificação dos presidiários é de certa forma uma enorme economia para Mato Grosso do Sul. Estamos criando um modelo aqui que poderá ser copiado por outros Estados, trazendo benefícios para diversos setores, principalmente, para o Poder Judiciário e para sociedade como um todo”, destacou.
Ainda de acordo com ele, a educação é hoje um desafio para o todo o País e, com o portfólio do Senai, que é bem amplo e com diversos cursos, essa parceria pode avançar bastante na direção de qualificação e da ressocialização. Jesner Escandolhero acredita que há neste termo de cooperação uma atividade nobre, pois existe a convergência de finalidade dentro do que o Poder Judiciário espera obter de retorno ao utilizar a mão-de-obra dos internos.
“Entendemos que a nossa ação de qualificação promove uma melhor ressocialização desse interno, já que ele sairá com um diploma do Senai e, mais do que isso, com uma profissão para que possa se sustentar depois de cumprir a pena”, afirmou o diretor-regional do Senai.
Já o presidente do TJMS, desembargador João Maria Lós, acredita que é uma complementação do trabalho que já está sendo feito na Vara de Execuções Penais com a reforma das escolas e das delegacias. “Agora, com a intervenção da Secretaria Estadual de Segurança Pública, juntamente com a Fiems e o Senai, nós vamos qualificar os presos para que desenvolvam melhor este trabalho”, pontuou.
A parceria
O projeto “Mãos que Constroem” já está em andamento e o termo de cooperação veio para qualificar os internos do Sistema Prisional de Mato Grosso do Sul. Os cursos serão ministrados pelo Senai na própria escola ou presídio durante a reforma, permitindo, além da ressocialização, uma redução nos gastos do Estado.
Segundo o juiz titular da 2ª Vara de Ação Penal, Albino Coimbra Neto, que está à frente do projeto, os pontos fortes são a economia e a rapidez. “Enquanto uma reforma pelo processo normal licitatório dura em torno de oito meses, com esta ação ela será feita em apenas 4 meses. Só para citar um exemplo, essa obra com a parceria do Senai que começa na semana que vem, na 4ª Delegacia de Polícia Civil, vai gerar uma economia de R$ 377 mil somente em uma única delegacia”, informou.