O Senai de Mato Grosso do Sul terá de capacitar 37.646 trabalhadores por ano em ocupações industriais ou em atividades de serviços ou comércio que atendem direta ou indiretamente ao setor industrial nos níveis técnico, superior e de qualificação para atender a demanda por vagas industriais entre 2017 e 2020, o que corresponderia a 150.585 trabalhadores no período. Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Senai Nacional para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição.
A pesquisa também pode apoiar os jovens sul-mato-grossenses na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. As áreas que mais vão demandar formação profissional no Estado devem ser construção (43.769), meio ambiente e produção (29.743), alimentos (24.903), metalmecânica (16.278), vestuário e calçados (8.643), veículos (7.036), energia (5.798), tecnologias da informação e comunicação (4.591), madeira e móveis (3.004), petroquímica e química (2.806), papel e gráfica (2.241), mineração (1.426) e pesquisa, desenvolvimento e design (347).
A demanda por formação inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado. “O estudo demonstra a vitalidade do mercado de trabalho no Brasil no horizonte dos próximos quatro anos. Profissionais qualificados terão mais chance de aproveitar as oportunidades que surgirem quando a economia voltar a crescer e as empresas retomarem as contratações”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Rafael Lucchesi.
Já o diretor-regional do Senai no Estado, Jesner Escandolhero, reforça que a entidade pauta a oferta dos seus cursos no planejamento anual e o Mapa do Trabalho Industrial embasa todo esse trabalho. “O que percebemos para os próximos quatro anos é uma crescente demanda por formação de nível técnico, que são ocupações mais complexas e isso também é um reflexo do momento atual do País em que as empresas precisam de ganhos na sua competitividade para enfrentarem as situações adversas”, analisou.
Ele acrescenta que, por competitividade maior, tem-se ganho de produtividade, reduzindo custos e, por isso, o trabalho de um profissional bem formado, principalmente, em nível técnico e superior, pode contribuir nas atividades de rotina de produção das indústrias. “O Senai já vem trabalhando consistentemente na formação dos profissionais das áreas destacadas na pesquisa e com diversas ações para que em 2017 correspondamos com a demanda apresentada”, garantiu.