Depois de atravessar um ano crítico, marcado pelo fechamento de plantas e demissões de mais de dois mil trabalhadores no Estado, o setor de frigoríficos de Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre de 2016 ainda em ambiente de forte retração, mas com uma leve expectativa de “luz no fim do túnel”. Para representantes do empresariado e dos trabalhadores ouvidos pelo Correio do Estado, a opinião é unânime – mesmo com a entrada de duas unidades em férias coletivas no período, a operação nas unidades que ainda permanecem em funcionamento segue estável, não houve encerramento das atividades de outros empreendimentos e há, inclusive, uma movimentação em curso no mercado para a retomada e até mesmo abertura de unidades no Estado, trazendo, em consequência, a geração de postos de trabalho. O cronograma para a recuperação, ainda que mínima e em ritmo aquém do necessário, é projetado para o segundo semestre deste ano, se as condições de mercado permitirem.
“No segundo semestre do ano passado houve uma estabilização, isso ainda vem se mantendo e não há sinalização de mudanças bruscas que possam afetar agora a produção, tanto na demanda quanto na oferta. O que deu um pouco de fôlego, no fim do ano passado, foi que os grandes produtores permaneceram focados no mercado externo, dando espaço para que os demais, que não são exportadores, pudessem trabalhar com certa folga.
Mesmo assim, o mercado ainda está recessivo, com dificuldade de venda. Temos, no entanto, esperança de recuperação para o segundo semestre de 2016”, avalia João Alberto Dias, presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes-MS), entidade que representa 34 frigoríficos do Estado.
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