O presidente interino, Michel Temer, justificou a fusão do Ministério da Educação com o da Cultura e disse que isso não vai significar a redução da atividade cultural no Brasil. Por meio de áudio divulgado pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Temer fez críticas à gestão da presidenta afastada, Dilma Rousseff, que deixou débitos na cultura e em outros setores.
Citando o anúncio do novo ministro Mendonça Filho de que dívidas anteriores da ordem de R$ 230 milhões serão pagos, Temer declarou que não é o fato de ser ou não ministério que "reduz a atividade da cultura no país". "Os recursos aumentarão e, como acabei de revelar, os débitos, aliás este é um dos débitos existentes com o passado, serão saudados", disse.
Segundo Temer, as mudanças na Esplanada dos Ministérios ocorreram devido a um "clamor popular" que pedia a redução do número de pastas. Ele alegou que as alterações ocorreram visando a racionalização dos trabalhos e atividades unindo ministérios que, inclusive, eram conectados no passado.
"Quando trouxemos a Cultura para a área da Educação, não foi para reduzir a atividade cultural no Brasil. Ao contrário até. Haverá uma potencialização da cultura brasileira por várias razões. A cultura brasileira será prestigiada, até porque na chamada Secretaria da Cultura não haverá modificação de setores, a Lei Rouanet continua com os mesmos atributos, nós vamos até incentivar a sua aplicação", diz.
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