O grande número de leishmaniose visceral canina tem deixado o município de Aparecida do Taboado em alerta. A Vigilância Sanitária registrou nos dois últimos anos 160 eutanásias em cães infectados pela doença. No ano de 2014 foram sacrificados 70 animais e em 2015 o número subiu para 90.
De acordo com Adilson Valentim, coordenador da Vigilância Sanitária, o trabalho de investigação de casos suspeitos tem sido feito de maneira sistêmica, a fim de garantir a identificação dos casos.
Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes cães são fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos. No caso dos animais, não é indicado o tratamento, por trazer riscos para a Saúde Pública, contribuindo com a disseminação da doença. Eles não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasito.
Quando os cães adoecem, apresentam principalmente os seguintes sinais clínicos: apatia; lesão de pele; queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas; emagrecimento; lacrimejamento; e crescimento anormal das unhas.
Para combater a doença é essencial o apoio da população, no que diz respeito à higiene. Orienta-se para evitar a criação de porcos e galinha em área urbana; manter a casa e o quintal livres de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, resto de madeira e frutas; terrenos baldios devem ser limpos.
A Vigilância Sanitária realiza o controle químico do vetor, de acordo com critérios estabelecidos pelo Programa de Vigilância das Leishmanioses; exames sorológicos de cães para diagnósticos; e recolhe e realiza eutanásia em cães com a doença.
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