As vésperas da IV Conferência Nacional de Cultura em que este cidadão aparecidense terá a oportunidade de participar como delegado com direito a voz e voto, onde serão pensados, traçados e definidos as diretrizes para a cultura do nosso País para os próximos anos, venho aqui na intensão provocar um debate sobre a necessidade diversificar o acesso as artes em suas mais diversas formas de linguagem, e não somente como a arte inserida em grandes eventos.
A arte, a cultura, é muito mais abrangente que os grandes eventos onde costumamos participar, como Natal, Ano Novo, Carnaval, e outras grandes festas. A arte se faz necessária também como forma única em que sua apreciação seja por ela só um evento que mereça o apreço e prestigio que lhe é devido.
A Cultura que engloba todas as formas e expressões que a representa é muito mais diversa e ampla que somente os grandes eventos realizados durante o ano. Necessitamos urgentemente começar a difundir e valorizar as formas de arte em sua totalidade, como por exemplo, as artes cênicas, artes visuais, hip hop, artesanato, fotografia e tantas outras infinitas formas e linguagens artísticas. E assim proporcionando o acesso democrático a todas as linguagens e despertando em cada indivíduo, principalmente nos jovens o interesse, a necessidade de que a cultura faça parte importante de seu caráter e formação. A arte em si, é transformadora, e por esse motivo precisa ser continuamente estimulada e acima de tudo prestigiada.
Na última semana na nossa vizinha Santa Fé do Sul, o multi artista aparecidense Moysés Chama realizou uma exposição de arte no Complexo Turístico chamada: “Despertar – Uma viagem às Memorias Afetivas” onde expos diversos trabalhos interessantíssimos mostrando o seu outro lado artístico além de diretor teatral. Com uma cuidadosa curadoria da também artista aparecidense Wadna Salles fizeram bonito e demonstraram que em Aparecida do Taboado está contemplada nas mais diversas formas e linguagens culturais.
O ponto que eu desejo chegar ao citar a exposição de Moysés Chama em outra cidade, é provocar os órgãos de cultura de nosso município e ressaltar o quanto é necessário e urgente apoiar, prestigiar e incentivar nossa população a consumir esse tipo de arte e sentir as provocações contidas em cada obra ali exposta. Uma exposição de arte feita por artistas locais, com a presença da comunidade aparecidense em especial com a presença das escolas, seria um grande sucesso e funcionaria como um espaço democrático de acesso a uma linguagem cultural que para muitos parece tão distante.
*Joãozinho Barboza é tecnólogo em recursos humanos com MBA em gestão de pessoas, produtor cultural, diretor de cultura de Aparecida do Taboado no período de 2001 a 2004, diretor de cultura e turismo do município de Nioque de 2005 a 2008, membro do fórum estadual de cultura e conselheiro estadual de cultura de 2002 a 2006. Delegado eleito para a IV Conferência Nacional de Cultura.