4º CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA – DEMOCRACIA E DIREITO A CULTURA

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De 04 a 08 de março foi realizada em Brasília a maior Conferência de Cultura que o Brasil já teve – a 4º CNC. Participaram desta Conferência, 1.338 delegados, 1.087 convidados, 1491 observadores, 738 pessoas no apoio e organização; além de 151 profissionais da imprensa. Após 10 anos da última Conferência e após um período turbulento em um passado próximo onde a cultura sofreu o maior desmonte que se tem noticias, a 4º CNC foi de forma unanime um novo alento para toda a classe cultural Nacional. Com a presença do presidente Lula na abertura e outros ministros de Estado, a ministra do MinC Margareth Menezes fez um discurso poderoso em defesa do acesso e democratização da cultura e destacou a importância do momento, onde os participantes tiveram a responsabilidade de realizar um trabalho que deve traçar os nortes da cultura nacional para os próximos 10 anos.

A secretária dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura   (MinC), Roberta Martins, diz que foram 10 anos discutidos em cinco dias. Ainda segundo a secretária, também foi destaque a necessidade de articulação dos setores artísticos e das expressões culturais. “Os setores querem se organizar, em políticas próprias, e isso é muito importante também. Sem dúvida nenhuma, a perspectiva gigante que a participação social da cultura tem para traduzir os processos democráticos, como fazer, como se portar, a cultura política também deve ser aliada nesse processo. Após entregarmos as propostas, a gente passa a discutir novamente com todo mundo para a construção do novo Plano Nacional de Cultura”.

As propostas aprovadas passam pela reestruturação do Sistema Nacional de Cultura, o fortalecimento das culturas da Amazônia Legal e de biomas fronteiriços, ampliação da Política Nacional Cultura Viva, reestruturação do Conselho Nacional de Políticas Culturais, criação do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural.

Na plenária final, iniciada na noite de quinta-feira 7 e encerrada na sexta-feira 8, os delegados apresentaram à ministra da Cultura, Margareth Menezes, as 30 propostas consideradas prioritárias, dos seis eixos temáticos da conferência.

Para este produtor e agitador cultural que desde 1.994 atua de forma incansável para o desenvolvimento cultural da nossa querida Aparecida do Taboado, foi o melhor presente que podia receber ao comemorar 30 anos de luta em prol da classe cultural. Tive a honra de participar da 4º CNC como delegado membro da delegação do nosso Mato Grosso do Sul, foram dias intensos, de discussão na sintetização das quase 150 propostas que chegaram de todos os Estados da federação, resultado das etapas estaduais das conferências. Pelos corredores, auditórios e salas do Centro de Convenções Ulisses Guimarães tudo era arte, tudo era sobre cultura, sobre direitos, sobre planejamento, sobre fortalecer a cultura do nosso País para que de forma democrática o acesso à cultura possa chegar a cada canto dessa nação.

Que a Cultura do nosso povo, através de suas mais variadas formas de expressões sejam cada dia mais fortalecidas e que encantem a cada momento mais e mais cidadãos e cidadãs do no Brasil.

Viva a Cultura, viva a Arte, viva a 4º CNC!
Fontes: MinC e Carta Capital.
*Joãozinho Barboza é tecnólogo em recursos humanos com MBA em gestão de pessoas, produtor e agitador cultural desde 1994, diretor de cultural de Aparecida do Taboado no período de 2001 a 2004, diretor de cultura e turismo do município de Nioque de 2005 a 2008, membro do fórum estadual de cultura e conselheiro estadual de cultura de 2002 a 2006. Delegado participante da  IV Conferência Nacional de Cultura como representante da sociedade civil por Mato Grosso do Sul.

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