O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) inicia o ano com uma novidade para o produtor que deseja adotar tecnologias de baixa emissão de carbono na sua propriedade. O Projeto ABC Cerrado está com inscrições abertas para 4,2 mil novas vagas de capacitação nas tecnologias Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto, Recuperação de Pastagens Degradadas e Florestas Plantadas nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí, além de 400 vagas para Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em cinco dos oito estados participantes.
O projeto é desenvolvido em parceria com a Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com recursos do Banco Mundial. As vagas são limitadas e a inscrição pode ser feita no portal do SENAR, no link http://bit.ly/1QiXIaB .
O produtor interessado em participar do ABC Cerrado precisa ter mais de 18 anos, ensino fundamental incompleto (escolaridade mínima) e uma propriedade entre 4 e 70 módulos fiscais dentro dos municípios que compõem o Bioma Cerrado. Segundo a coordenadora de Projetos e Programas Especiais do SENAR, Janei Cristina Resende, o produtor que tem abaixo de 4 módulos também pode participar, porém, precisa estar inserido em critérios específicos. “Nesse caso, a renda bruta anual da propriedade tem que ser superior a R$ 360 mil ou a mão de obra contratada ser superior a mão de obra familiar”,” explica.
Janei Cristina destaca ainda a importância da participação no projeto do dono ou do gerente da propriedade. "Precisamos que esse participante seja um tomador de decisões dentro da propriedade. As intervenções que serão realizadas durante o projeto irão promover a adoção de tecnologias na propriedade, então, decidir pela adoção é um papel do proprietário ou do gerente.”
As tecnologias de baixa emissão de carbono não trazem benefícios apenas para a propriedade que faz a adoção, mas para a comunidade como um todo, assegura Janei. “Os benefícios são sociais, ambientais e econômicos, como aproveitamento da mão de obra o ano inteiro, reestruturação física do solo e aumento no teor de matéria orgânica, valorização da terra e aumento na produtividade”, exemplifica.
Em 2016, mais de três mil produtores foram capacitados pelo projeto e 1,5 mil propriedades receberam ATeG do SENAR.
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