Profissionais listam 7 exigências, entre elas a quitação de 6 meses de salário em atraso. Fundação tem 30 dias para negociar com equipe médica
Aparecida do Taboado (MS) – Após reunião no dia 24 de outubro, um grupo de 28 médicos, cuja maioria atende o município, decidiu se unir para cobrar uma série de exigências à Fundação Estatal de Saúde (Fesat) sob pena de suspender os atendimentos no Pronto Socorro num prazo de 30 dias a contar do dia 31 de outubro. O documento foi protocolado nesta quarta-feira (31) na Fesat e representa a união da classe.
Segundo afirma o grupo, uma das principais solicitações é a regularização da remuneração dos honorários médicos, que em alguns casos chega a completar 6 meses de atraso. Outra exigência é para que a Fesat providencie a listagem de medicações padronizadas que foi entregue à Diretoria da Fundação em outubro do ano passado e que segue sem cumprimento, bem como oferte respaldo aos médicos plantonistas com disponibilização de exames de imagem (ultrassom e tomografia computadorizada) de maneira mais ágil.
Ainda no documento que o Jornal do Bolsão teve acesso, o grupo quer discutir com a Direção da Fesat, o prefeito Robson Samara e o secretário de Saúde, Márcio Galdino, a situação atual de ambulâncias – consideradas em estado precário pelos profissionais, melhores condições de trabalho e uma forma de comunicação mais eficaz entre o órgão gestor e a equipe de Saúde que atende o município.
Segundo o documento protocolado na Fesat, a paralisação deve acontecer em 30 dias, caso as medidas não sejam acordadas. O grupo diz que o Conselho Regional de Medicina receberá cópia da notificação, assim como o Ministério Público. Em nota, o grupo alega que “segundo o CRM, fica claro que, esgotados todos os recursos de negociação, é lícito que o médico, em última opção, suspenda suas atividades como forma de autodefesa socialmente justa”.
Os profissionais ressaltam que a paralisação se dará como forma de cobrar melhorias na Saúde de Aparecida do Taboado de uma forma geral. A notificação é assinada por 27 médicos.
O outro lado
Tentamos entrar em contato com a Direção da Fesat ontem (31), mas não obtivemos êxito. A Rádio Cultura FM noticiou nesta quarta-feira que a Fundação não comentaria o assunto, mas que vai emitir uma nota de esclarecimento à população.

