Baseado no clássico “Mulherzinhas”, a obra do século XIX é um marco da emancipação feminina
Não uma, nem duas, mas sim SEIS indicações ao Oscar, mesmo número de roteiros adaptados para as telonas!
Com exibições também para o teatro, rádio e até músicas da Broadway, a história de Adoráveis Mulheres (Little Woman) chega mais uma vez ao cinema. Tendo a sua primeira exibição em 1918, esse clássico roteiro foi inspiração para filmes em diversas épocas. Porém, essa nova adaptação, escrita pela roteirista Greta Gerwig, ganhou uma atenção especial, porque narra de maneira cativante e bem-humorada a história da família March, composta por quatro irmãs e a mãe, morando em uma casa sem a presença de homens – o pai está lutando na Guerra Civil americana.
Essa incrível história é baseada no livro Mulherzinhas, clássico juvenil de 1868 da literatura norte-americana, escrito por Louisa May Alcott.
O longa de Greta Gerwig, que contém a participação de Meryl Streep, Emma Watson, Saoirse Ronan e Laura Dern, relata com fidelidade os delicados acontecimentos da obra literária. Com personagens interessantes e bem construídas, a narrativa foi tão bem elaborada, que foi merecedora de todas indicações que teve. Mesmo com uma história conduzida por Jo (Saoirse Ronan), a adaptação não deixou de mostrar as visões de mundo e as distintas opiniões das outras irmãs: Meg (Emma Watson), Beth (Eliza Scanlen) e Amy (Florence Pugh).
“Adoráveis Mulheres” (2020), foi indicado ao Oscar nas seguintes categorias: Melhor Filme; Melhor Roteiro Adaptado; Melhor Atriz com Saoirse Ronan – interpretando Jo; Melhor Figurino; Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Atriz Coadjuvante com Florence Pugh – interpretando Amy, totalizando assim, SEIS indicações ao maior prêmio de Artes e Ciências Cinematográficas do mundo.
Nesta nova reprodução, é possível ter uma noção básica de como as mulheres daquela época lidavam com temas como trabalho, casamento, arte, solidão e, principalmente, identidade e independência feminina. Mesmo 152 anos depois, os assuntos abordados por Louisa May Allacott, em um tom autobiográfico, continuam atuais e esse é um dos pontos altos da direção e escrita de Gerwig, pois, apesar da trama ser ambientada no século XIX, ela conseguiu manter as discussões relevantes para os dias de hoje.
O filme traz à tona os sentimentos escritos por Alcott em sua obra Mulherzinhas. Logo, a produção confirma que a escritora americana já tratava de um assunto tão contemporâneo em pleno 1868, descrevendo ensinamentos para o público refletir, como a emancipação feminina, sem deixar de lado um roteiro divertido, inteligente e sentimental.
A cerimônia de premiações do Oscar ocorre dia 9 de fevereiro em Hollywood e terá transmissão ao vivo no Brasil. Você poderá conferir na TV aberta por meio do canal Globo ou pela TV por assinatura, nos canais TNT a partir das 20h30 e no Canal E! às 18h10, que mostra o evento desde a chegada das celebridades no famosos tapete vermelho.
Sinopse: Um clássico da literatura norte-americana, Mulherzinhas reúne um drama familiar, traços de um romance histórico e inspirações autobiográficas de sua autora, Louisa May Alcott. Foi publicado pela primeira vez em 1868 (primeira parte) e gerou inúmeras sequências em livros e adaptações para o teatro e cinema ao longo do tempo. Alcott relata na obra quatro anos na vida das irmãs March – Meg, Jo, Beth e Amy. Enquanto o patriarca da família luta na Guerra Civil Americana e a mãe precisa trabalhar para manter a família, as quatro mulherzinhas precisam cooperar entre si para manter a unidade familiar. Mulherzinhas passou à História como a obra-prima de Louisa May Alcott. Este é um romance moderno e atemporal, que, juntamente a outros, fez Alcott ser reconhecida como uma escritora que abordou questões feministas de forma leve e aberta.
Sobre a autora: Louisa May Alcott (1832-1888) nasceu na Filadélfia, EUA, em uma família dedicada à educação e à filosofia. Teve a oportunidade de conviver com personalidades como o filósofo Henry David Thoureau e o poeta Ralph Waldo Emerson, abraçando a carreira de escritora, apesar de suas aspirações de tornar-se uma atriz na juventude. Em seu trabalho, abraçou principalmente a literatura infantojuvenil. Sua família chegou a abrigar escravos em fuga e Louisa foi a primeira mulher a registrar-se como eleitora em sua região. Foi abolicionista e feminista, além de ter atuado como enfermeira durante a Guerra Civil Americana, ocasião em que quase morreu ao contrair febre tifoide. Seus relatos de guerra lhe renderam seu primeiro sucesso literário com a obra Hospital Sketches, mas o grande reconhecimento viria com Mulherzinha, cinco anos mais tarde. Faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral, aos 55 anos, dois dias após a morte de seu pai.
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