A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, prendeu nesta segunda-feira (20) um homem de 34 anos, investigado por desviar mais de R$ 5 milhões da Prefeitura de Inocência (MS). A prisão ocorreu na Rodovia Euclides da Cunha, no município de Jales (SP), durante cumprimento de mandado de prisão preventiva.
De acordo com informações da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, as diligências foram realizadas pelas delegacias de Inocência e Paranaíba. O investigado não foi localizado em sua residência durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, que também incluíam a sede da Câmara Municipal, mas, após novas apurações, os policiais receberam informações de que ele estaria fugindo em direção ao interior de São Paulo.
A prisão foi efetuada por equipes do 3º Batalhão de Policiamento Rodoviário e o homem foi encaminhado à Primeira Delegacia de Jales, onde aguarda audiência de custódia. Caso a prisão seja mantida, ele será transferido para Mato Grosso do Sul.
O suspeito é alvo de investigação por peculato, crime que consiste no desvio de recursos públicos por servidor em proveito próprio. Segundo reportagem do Campo Grande News, auditorias internas realizadas pela Prefeitura de Inocência identificaram movimentações bancárias atípicas em contas municipais. Inicialmente de baixo valor, as transações aumentaram gradativamente, permitindo o rastreamento e a confirmação dos desvios.
Em nota oficial, a Prefeitura de Inocência confirmou que as irregularidades foram descobertas a partir de um processo de auditoria interna e destacou as medidas adotadas após a confirmação dos ilícitos. O Executivo Municipal informou que instaurou sindicância para apurar responsabilidades, comunicou o caso às autoridades competentes, incluindo a Polícia Civil, o Ministério Público e as instituições bancárias.
“A Administração Municipal reafirma seu inegociável compromisso com a legalidade, transparência, verdade e a correta aplicação dos recursos públicos. Não haverá tolerância com a corrupção”, diz a nota.


