Líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa e vice-presidente regional da legenda, Eduardo Rocha não conta com a saída do colega de bancada Maurício Picarelli do partido.
“Ele nunca falou nada disso comigo. Para mim, se ele sair será uma surpresa”, diz o deputado, sobre os rumores de que Picarelli aguarda abertura da janela partidária para se filiar ao PSDB.
Rocha, principal cotado para liderança do recém-criado bloco parlamentar encabeçado pelo PMDB, diz que inclusive negocia a permanência de Picarelli na principal comissão da Casa, a CCJ.
“O Picarelli veio conversar comigo na semana passada, assinou a adesão ao bloco, pediu para continuar na CCJ, e eu garanti que conversaria com os outros deputados sobre isso”, emenda o deputado.
ESPECULAÇÃO?
Picarelli nega a mudança e diz que “tudo não passa de especulação”. Mas, se a ida para PSDB se concretizar, provocará profundas mudanças na relação de forças na Assembleia, principalmente no que diz respeito às vagas que cada bancada tem direito nas comissões.
Primeiramente, o bloco liderado pelo PMDB se dissolveria – porque tem exatamente oito membros, número mínimo necessário para existência da composição – e perderia um dos assentos a que tem direito em cada colegiado.
Ao mesmo tempo, o bloco tucano, que já é numericamente maior que o do PMDB, passaria a ter onze integrantes e maioria nas comissões, dando folga ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
A janela partidária deve ser promulgada na quinta-feira (18) e, no dia seguinte, começa a correr o prazo de 30 dias para que deputados e vereadores troquem de legenda, sem o risco de ter o mandado questionado por infidelidade.