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Deputados avaliam cenário político e posse de Lula em ministério

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    A conjuntura política nacional e a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, nesta quinta-feira (17/3), foram temas de pronunciamentos dos deputados estaduais durante a sessão plenária de hoje. Na tribuna, Pedro Kemp (PT) criticou a atuação do juiz federal Sergio Moro, na liberação de áudios de conversas entre o ex-presidente e a presidente Dilma Rousseff (PT). “O juiz Sergio Moro se desnudou e demonstra que está à frente do movimento dos que não se conformaram, até hoje, com a reeleição da presidente Dilma”, disse. Para Kemp, as investigações em curso relacionadas a Lula continuarão normalmente no Supremo Tribunal Federal (STF).
    Mara Caseiro (PSDB) disse que a nomeação de Lula “demonstra claramente” a tentativa de garantir foro privilegiado ao ex-presidente. “Repudio a nomeação do Lula e não entendo porque a presidente se mostra insensível à voz das ruas”, disse. “Ninguém está acima da lei”, complementou, ao ler Carta Aberta à População, de autoria da Juventude do PSDB em Mato Grosso do Sul.
    Beto Pereira (PSDB) também defendeu ampla investigação. “Este é o momento de maior turbulência política que já vivi e temos que defender a investigação de todos, apartidariamente”. Para Amarildo Cruz (PT), o momento histórico por que passa o Brasil relembra o “duro golpe de 64”. “Temos que ter obediência aos preceitos constitucionais, sob pena de falência do Estado de Direito”. Segundo o deputado, é preciso muito cuidado com “a paixão e o culto ao ódio” verificados nas ruas. “Faço um apelo para que possamos sair das garras da ilegalidade e defender o nosso País”, reiterou.
    Zé Teixeira (DEM) sugeriu a comparação entre a popularidade da presidente e do juiz Moro, e disse que todos estão sujeitos às leis. “O grampo pode ser feito para investigar todo e qualquer cidadão comum; a investigação deve ser feita”. Já José Carlos Barbosinha (PSB), defendeu a atuação do juiz Moro e alertou para o grave momento político. “O País está acéfalo e sem comando, e o que está sendo colocado em cheque é a força das instituições”, disparou. Para o deputado, uma vez sendo investigado, Lula não poderia ter sido nomeado ministro-chefe da Casa Civil.

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