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Com homenagens, comunidade libanesa celebra trajetória em MS

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    Presente na história, gastronomia, comércio e na cultura de Mato Grosso do Sul, a comunidade libanesa foi homenageada nesta terça-feira (22/11), durante sessão solene na Assembleia Legislativa. A celebração é anual e foi instituída pela Lei estadual 3.438/2007. “A comunidade libanesa representa hoje entre 8% e 10% da população de Campo Grande, reunindo pessoas que vieram com suas famílias e ajudaram a construir o nosso Estado”, afirmou o deputado Marquinhos Trad (PSD), que propôs a solenidade. Ele lembrou a trajetória familiar dos antepassados libaneses e ressaltou a importância da comemoração. “Tudo o que meu avô ganhou como mascate investiu na educação dos filhos, sempre com a força da fé e dos princípios, e isso é motivo de orgulho para todos nós”, disse.
    Também participaram da solenidade o presidente da Casa de Leis, Junior Mochi (PMDB), e os deputados Renato Câmara (PMDB) e Marcio Fernandes (PSDB). Para o vice-presidente da Federação Nacional das Entidades Líbano-Brasileiras em MS, Munir Sayech, a dedicação e o trabalho dos libaneses foram determinantes para a formação e o desenvolvimento do Brasil e de Mato Grosso do Sul, onde já somam 60 mil pessoas. Já o presidente da Associação Cultural Monte Líbano (MS), Eid Toufic Anbar, ressaltou os valores do povo libanês. “Estamos comemorando 73 anos de Independência do Líbano e sempre primamos pela verdade, paz, democracia e pela valorização da nossa identidade”, afirmou. Segundo ele, aproximadamente oito milhões de libaneses e descendentes vivem no Brasil, o que faz do País a maior nação libanesa do mundo, considerando que a população do Líbano totaliza 3,5 milhões de pessoas.
    Durante a sessão solene, 21 libaneses e descendentes receberam o Prêmio Independência do Líbano pelos relevantes serviços prestados nos âmbitos sociopolítico, econômico e cultural do Estado. Para o advogado e professor universitário Moisés Salim Sayar, a homenagem representa importante reconhecimento. “Meu avô veio para o Brasil, depois para Cassilândia e sempre nos passou a valorização da família unida, a preservação da cultura, da tradição, da culinária, que procuramos sempre manter, por isso essa solenidade é uma homenagem a toda a comunidade libanesa”, afirmou.

História
    Em 1880, o primeiro navio com libaneses deixou o porto de Beirute, com tripulação estimulada pelo imperador Dom Pedro II, que visitara o país quatro anos antes. A maioria dos libaneses imaginava estar viajando para os Estados Unidos, porque o Brasil era praticamente desconhecido. A chegada a Mato Grosso do Sul, pelo Porto Comercial de Mato Grosso, em Corumbá, ocorreu a partir de 1912, juntamente com sírios, turcos, armênios, entre outros povos que fugiam dos conflitos no Oriente Médio.

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