Aparecida do Taboado (MS) – Para muitos, o Natal é uma das épocas mais esperadas e emocionantes do ano. As árvores, guirlandas, luzes e presépios marcam o início do período mais festivo e lembrado em todo o mundo. É costume, em algumas culturas, montar um presépio para marcar a chegada do Natal. O presépio é uma referência cristã que remete ao nascimento de Jesus em Belém, na companhia de José e Maria.
Há 54 anos, a aparecidense Gilci Alves de Oliveira mantém acesa a tradição de montar em frente à sua residência um presépio para compor uma das cenas milenares mais famosas da história: o nascimento de Jesus Cristo.
É com emoção que Gilci conta que tudo começou com apenas um cartão natalino. “Na época, plantei arroz, coloquei um caminho de areia e, no centro, o cartão. E, depois disso, todo ano eu monto um presépio que faz referência ao momento do nascimento de Jesus”, explicou.
Gilci destacou que espera manter essa tradição por muitos anos. “Enquanto eu tiver saúde vou montar o presépio e a cada ano quero inovar mais e deixá-lo ainda mais bonito, para que as pessoas comemorem o verdadeiro motivo do Natal e se lembrem do nascimento de Jesus”, ressaltou.
“O Natal é a fé e a esperança que nos renovam no amor de Deus, nosso Senhor e nosso salvador. O presépio é o resgate do nascimento de Jesus Cristo, por esse motivo não podemos deixar passar em branco”, falou Gilci.
Igreja
Preservando a tradição do Natal, o Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida preparou um grande presépio em frente à paróquia, pelo quarto ano consecutivo.
As imagens de Jesus, dos três Reis Magos e animais são peças de aproximadamente 180 centímetros, e foram produzidas com fibra de carbono.
Como nos anos anteriores, o presépio complementa a decoração natalina realizada pela Prefeitura na Praça da Matriz.
Tradição
Tornou-se costume em várias culturas, montar um presépio, quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho, alguns em miniatura, outros em tamanho real.
O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis, em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento. Em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores e o cantar dos anjos. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo.
