Ministério da Saúde pretende reduzir custos de tratamento para o câncer com a produção dos aparelhos
A partir de fevereiro do ano que vem o Brasil passará a produzir equipamentos de radioterapia. A previsão é do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Nesta quinta-feira (20), o governo federal entregou um aparelho ao Hospital Universitário de Brasília (HUB).
A ideia, segundo Barros, é reduzir custos. "Isso vai baratear o custo de manutenção, que hoje é em dólares, com técnicos vindos do exterior e peças vindas do exterior. Teremos técnicos no Brasil e peças com preço em moeda nacional para a manutenção desses aparelhos", afirma.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil. De acordo com a pasta, em 2016 foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e papanicolau. Em 2017, desde janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos.
O aparelho entregue em Brasília tem capacidade para realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano, ampliando o atendimento em até 25%. Após a conclusão da obra e o início da operação do equipamento, a pasta deve repassar verba de custeio anual de R$ 1,8 milhão à unidade.
O equipamento integra o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, que desde 2014 previa a instalação de 80 aparelhos em todo o País. A pasta ampliou esse número para 100 equipamentos.
Tratamento
Por lei, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.
"Esperamos avançar muito rapidamente na oferta de serviços até para cumprir a Lei dos 60 dias, que não temos podido cumprir por falta de infraestrutura", disse o ministro. "Mas estamos avançando o mais rápido que podemos para poder ofertar às pessoas mais serviços e serviços mais perto das pessoas, possibilitando novas instalações onde o cidadão viaje menos para ser atendido."