Levantamento da Secretaria de Estado de Educação (SED) revela que Mato Grosso do Sul registrou queda de 45.755 matrículas em escolas da Rede Estadual de Ensino nos últimos 10 anos. O número de alunos caiu 15,5% – de 295.354 em 2008 para 249.599 no ano passado. No mesmo período, a quantidade escolas subiu de 366 para 372.
Os dados foram revelados pelo governador Reinaldo Azambuja em entrevista à TV Morena nesta quinta-feira (10.1). “Estão nascendo menos crianças no Brasil e essa diminuição de matrículas está acontecendo em todas as redes de ensino”, observou. Segundo o gestor, é necessário reestruturar a Rede Estadual em MS para que as escolas se adequem à nova realidade social.
A medida vem sendo adotada pela SED desde o ano passado com a unificação de escolas e o fim da abertura de novas turmas. Para a secretária de Estado de Educação, Maria Cecilia Amendola da Motta, a mudança não afeta a qualidade do ensino, já que alunos e professores efetivos de escolas desativadas têm prioridade na realocação em outros locais.
Menos filhos por família
“Imagina 45 mil alunos a menos em 10 anos”, falou o governador sobre a redução de matrículas. “Então, temos que reestruturar a Rede e remanejar alunos para uma escola mais próxima”, afirmou Reinaldo Azambuja. Números da Projeção de População (2018), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número médio de filho por mulher é de 1,77 no País. Essa quantidade deve chegar a 1,66 em 2060.
Segundo o governador, a projeção populacional tende a diminuir o número de escolas por todo o País. “É uma tendência em Mato Grosso do Sul e em todos os estados, tanto na rede estadual quanto também nas redes municipais”, explicou. “Nós estamos falando em gestão pública. Temos que reordenar para economizar e facilitar ao pai e a mãe de ter uma escola próxima”, emendou.
Reordenamento das escolas
Com a queda na quantidade de alunos matriculados na Rede Estadual de Ensino, a SED, atendendo orientação do Ministério da Educação, decidiu otimizar espaços públicos com o fechamento de quatro escolas: EE Abadia Faustino Inácio, no município de Camapuã; e EE Riachuelo, EE Zamenhof e EE Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, em Campo Grande.
À imprensa Maria Cecília frisou que a medida não prejudica o ensino público estadual. “Com esse fatores da diminuição da natalidade e da quantidade de matrículas é normal que ao longo do tempo tenhamos que otimizar a estrutura da Rede Estadual”, falou. “Com o recurso economizado podemos investir em outras unidades e melhorar a qualidade da educação”, afirmou.