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?Centro de Coleta de latas de alumínio abastece indústria em Paranaíba

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      Campo Grande (MS) – Já está em operação o Centro de Coleta da Latasa em Campo Grande. São dois galpões com capacidade de armazenagem de mil toneladas de latinhas de alumínio, devidamente higienizadas e prensadas. Além de receber material da Capital e do interior, o centro também irá receber carregamentos provenientes de Goiás e Mato Grosso, servindo de hub logístico para a distribuição da matéria-prima para a primeira fábrica de reciclagem de alumínio de Mato Grosso do Sul, inaugurada há oito meses em Paranaíba, além de outras unidades da indústria, em outros estados.

      A unidade da Latasa em funcionamento no município da Costa Leste do Estado recebeu incentivos fiscais do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), já está produzindo cerca de dois mil toneladas por mês de lingotes de alumínio, mas tem capacidade instalada para até cinco mil toneladas mensais. Os galpões que foram construídos em Campo Grande têm 1.310 metros quadrados e 1.849 metros quadrados e estão localizados em uma área de 13,9 mil metros quadrados no bairro Nova Campo Grande.

      “Uma das contrapartidas pactuadas pela Latasa com o Governo foi a construção desse centro de coleta em Campo Grande. O início das operações desse local é importante, pois é a concretização de mais um dos elos de uma nova cadeia produtiva no Estado. Mato Grosso do Sul já está hoje em uma posição de destaque no cenário nacional, pois conta com um empreendimento fundamental no sistema de logística reversa, capaz de reciclar 100% das latas de alumínio consumidas no Estado. Além disso, a empresa já começou a atuar junto às cooperativas de catadores da Capital, desempenhando também um papel social”, lembra o secretário da Semagro, Jaime Verruck.

      Nessa terça-feira (22.5), o superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Semagro, Bruno Bastos, a chefe da Unidade de Planejamento de Projetos, Alyne Lessa e Luciano Martins, do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) , visitaram as instalações do Centro de Coleta da Latasa em Campo Grande, acompanhados pelo Ceo do grupo, Mário Fernandes, e pelo diretor de Governança Gestão dos Centros de Coleta da empresa, Sérgio Eduardo dos Santos.

      De acordo com Mário Fernandes, “o descarte de latinhas de alumínio em Mato Grosso do Sul é de aproximadamente 450 toneladas por mês, mas nosso centro de coleta em Campo Grande tem capacidade para armazenar mil toneladas. Daí a nossa necessidade de receber o produto de outros estados e regiões, pois somente na nossa fábrica em Paranaíba nossa demanda é muito superior ao que recebemos”, comentou.

      Ele lembra que para se obter um  um quilo de alumínio para reciclagem são necessárias 74 latinhas. “O ciclo de reciclagem é de 39 a 40 dias. Isso quer dizer que uma latinha de alumínio comprada em um supermercado retorna à prateleira para consumo em cerca de 40 dias. O alumínio tem um potencial praticamente infinito de reaproveitamento. Hoje, o Brasil é o País que mais recicla latinhas de alumínio em todo o mundo”, finalizou.

 

Fábrica em Paranaíba

      De acordo com a Latasa, a escolha de Paranaíba para a construção da fábrica foi motivada pela localização estratégica do município, próximo a grandes estados consumidores, mas o incentivo do Governo do Estado foi fundamental para a destinação dos R$ 35 milhões investidos na obra.

      Na fábrica da Latasa as latas de alumínio passam por um processo de reciclagem e podem voltar a ser alumínio e lingotes, usados pela indústria automobilística. A empresa é responsável pela geração de 100 empregos diretos de mão de obra local, sendo que esses trabalhadores passaram por treinamento oferecido pela própria empresa antes de serem contratados. A estimativa é de que a fábrica gere ainda cerca de 400 empregos indiretos na região. Em Campo Grande, o Centro de Coleta da empresa vai empregar 10 funcionários.

 

 

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