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Com crédito desburocratizado, Banco Cidadão aumenta em 84% o número de beneficiados

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    Cinco anos se passaram desde que Adair Gonçalves Branco percorria empresas do ramo da construção civil para vender equipamentos de proteção. De lá pra cá muita coisa mudou na vida do empreendedor, que há cinco meses abriu um ponto de venda fixo e afirma ainda não ter visto o rastro da crise econômica que assola o País.
    A virada de Adair aconteceu depois de uma decisão que trava boa parte de quem pensa em abrir o negócio próprio: pegar um empréstimo bancário. E a decisão só veio depois que conheceu o Banco Cidadão, uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atende em parceria com a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) possibilitando acesso ao crédito rápido e desburocratizado, com objetivo de fomentar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas.
    Ano passado, primeiro ano de gestão do governador Reinaldo Azambuja, o Banco Cidadão flexibilizou os empréstimos, reduzindo a burocracia na oferta de linhas de crédito e oferecendo parcelas de financiamento mais baixas. O resultado foi um aumento de 84% no número de tomadores de crédito em relação ao ano anterior, elevando de 201 para 370 os micro empresários que tomaram recursos no período.
    O aumento no número de pessoas beneficiadas é uma das realizações do primeiro ano da gestão do governo Reinaldo Azambuja. Desde o ano passado, o banco opera com a linha de crédito MS Cidadão, com empréstimos de até R$ 2 mil e juros de 1% ao mês. “Reduzimos o valor por empréstimos e focamos nosso trabalho em atingir um número maior de clientes”, explica o diretor-presidente da Funtrab, Wilton Acosta.
    A indicação da facilidade de acesso ao crédito chamou a atenção de Adair, hoje um Micro Empreendedor Individual (MEI). Em consultoria do Sebrae, foi informado sobre a desburocratização do Banco. “Foi muito rápido, fácil até. Nenhuma complicação em termos de documentação. A única exigência é um fiador, mas se a pessoa tem um bom relacionamento no comércio, vai ter alguém para avalizar”, conta o agora comerciante Adair.
    O investimento que resultou na loja própria foi sendo concretizado aos poucos. No início era somente material de segurança mais elementar, mas por vender as botas de borracha, Adair percebeu que poderia ter sucesso com a venda de calçados de passeio. A clientela foi ampliando e trabalhadores como frentistas de postos de combustíveis também passaram a ser atendidos pelo vendedor.
    Sonhando e planejando mais alto, o vendedor pegou o primeiro empréstimo e agregou ao porfólio produtos como óculos e luvas. Terminou de pagar, fiz o segundo e o terceiro. O valor total das três operações foi de R$ 12 mil reais, o suficiente para que o vendedor montasse estoque e reservasse capital de giro, o que permitiu a abertura da loja. “Faltam apenas algumas parcelas do último empréstimo para quitar”, comemora o micro empresário, que ainda mantém atendimento em domicílio.
    E pra quem acha que ele está ousando em tempos de crise, Adair é só positividade. “Eu não vejo muito a crise não. A gente não tem sentido isso no mercado. Todos os meses tenho atingido as metas e conquistado novos clientes da construção civil”, afirma, demonstrando confiança e gratidão. “Me sinto realizado. Ainda tenho muitos projetos, mas me sinto feliz e satisfeito por chegar até aqui. O Governo do Estado nos estendeu a mão através do banco e fomos sempre muito bem recebidos. Fico feliz de poder retribuir”.

 

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