Partidos políticos que estavam no arco de alianças da senadora Simone Tebet (MDB), que desistiu de disputar o governo do Estado, agora negociam apoio ao juiz aposentado Odilon de Oliveira que disputará o cargo pelo PDT e ao atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que tentará a reeleição. Quando realizou a convenção no dia 4 de agosto, em Campo Grande, o MDB anunciou que tinha como aliados PSC, PRTB, PR, PTC, DC (antigo PSDC) e PHS.
A possibilidade de ganhar novos aliados levou Odilon de Oliveira a adiar o registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) que estava marcada para a tarde desta segunda-feira, 13 de agosto. O ato ficou para a próxima quarta-feira, 15 de agosto, em horário a ser definido.
“O adiamento se fez necessário em razão de negociações com outros partidos políticos que devem apoiar o candidato do PDT, com a decisão da desistência da candidatura da senadora Simome Tebet”, informou nota do partido, distribuída nesta tarde.
O presidente regional do PDT, deputado federal Dagoberto Nogueira, confirmou que existe a possibilidade de a candidatura de Odilon receber o apoio de partidos que estavam no projeto de Simone. “Porém, existe o aspecto jurídico, temos que analisar a questão de um por um”, explicou Dagoberto Nogueira. O dirigente não mencionou qualquer dos partidos em negociação para não atrapalhar o diálogo, segundo ele.
A questão jurídica gera dúvidas nos partidos e dirigentes. O prazo para registro de candidaturas termina na próxima quarta-feira. Ocorre que esta altura muitos partidos já fizeram convenções e registraram em ata o caminho eleitoral escolhido. As legendas estudam que medidas devem tomar em caso de mudança de planos agora.
Odilon tem até agora o apoio dos partidos Podemos e PRB.
Já Reginaldo Azambuja, do PSDB, é o candidato que mais recebeu siglas em seu leque de aliados. O tucano conta com PP, DEM, PSD, PMB, Patriota, PPS, Pros, SDD, PSB, PTB, Avante, PSL e PMN.
O Diário Digital tentou falar com a coordenação de campanha do PSDB sobre a negociação com partidos que estavam aliados ao MDB, mas os telefonemas não foram atendidos até a publicação desta nota.
Com a desistência de Simone, anunciada na noite deste domingo, 12, o MDB ainda não definiu como participará das eleições. Em nota, a senadora defendeu que o atual vice na chapa, o procurador-licenciado, Sérgio Harfouche, do PSC, assuma a candidatura ao governo. O MDB, contudo, ainda avalia a situação.

