O volume de exames para detecção do vírus H1N1 – causador da chamada gripe A – já supera o total de 2015, antes mesmo do período crítico. A alta demanda faz com que a entrega de resultados demore mais.
Até esta terça-feira, 24, eram 983 exames realizados no Lacen (Laboratório Central), que fica em Campo Grande. O número já é 12% maior que o volume de exames realizado em todo o ano de 2015.
O diretor do Lacen, o farmacêutico Luiz Henrique Ferraz Demarchi, explica que o preconizado é que os resultados de exames sejam liberados em até três dias, mas o prazo médio tem ficado em cinco, mesmo com equipes atuando em regime de plantão, situação que se prolonga desde o começo do ano por conta da epidemia de dengue. “Aumentou o quantitativo de casos prioritários, que são pacientes internados em situação mais graves, crianças, idosos, pessoas com comorbidades”.
Na Santa Casa de Campo Grande, por exemplo, nove pacientes já aguardam os resultados há mais de três dias e somente no início desta manhã foi colhido material de outros seis para análise. Quando há evidência clínica da doença, o tratamento ocorre independente do exame, uma vez que para reverter o quadro o Tamiflu deve ser administrado nas primeiras 48 horas.
Casos confirmados – A quantidade de amostras recebidas pelo Laboratório é crescente. Preocupa o grande número de casos confirmados e óbitos. Até ontem eram 348 diagnósticos positivos para o vírus e 21 óbitos registrados no Lacen, sem contar os dois novos casos já foram confirmados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), um de paciente de Jardim e outro, na madrugada de hoje, de uma moradora de Campo Grande. Nesta quarta-feira (25), um novo boletim será divulgada. Ao longo de 2015, foram 5 casos confirmados entre 876 exames realizados. Uma pessoa morreu.
O Lacen conta com 110 funcionários ativos e recebe as amostras colhidas para exame em sistema de plantão. O material coletado fica acondicionado em freezers a 70 graus negativos.
O exame é feito pela metodologia de biologia molecular com aspirado de nasofaringe, ou seja, a partir de secreções coletadas no nariz e boca do paciente. O Lacen concentra todos os exames feitos na rede pública do Estado.
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