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Expectativa das indústrias sobre economia atinge menor nível da série

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    A confiança da indústria recuou em fevereiro, ao passar de 76,2 para 74,7 pontos, e atingiu o menor nível desde setembro de 2015, segundo informou nesta segunda-feira (29). A queda da confiança foi generalizada e ocorreu em 10 dos 19 principais segmentos da indústria. O recuo foi fortemente influenciado pela queda de 2,8 pontos do Índice de Expectativas, para 72,6 pontos, o menor da série histórica. Isso porque os donos de indústrias estão com intenção menor de contratar mais funcionários pelos próximos três meses, segundo indicou a pesquisa.

    O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,5 ponto, para 77,1 pontos, devido à piora em relação à satisfação com o nível de demanda atual. “O resultado de fevereiro reforça a suspeita de que a alta da confiança industrial nos últimos meses poderia não se sustentar ao longo do primeiro semestre. A queda do ICI devolve mais da metade da alta acumulada entre o mínimo histórico, ocorrido em agosto, e o mês passado. Além de sinalizações de que a demanda interna continua enfraquecendo, a pesquisa mostra uma piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, por meio de nota. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,5 ponto percentual em fevereiro, atingindo 73,6%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.

Serviços
    Nesta segunda-feira (29) a FGV também divulgou o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 0,7 ponto entre janeiro e fevereiro, ao passar de 69,5 para 68,8 pontos. “Os sinais de uma relativa melhora na percepção das empresas registrados no início do ano  não se confirmaram em fevereiro. O ambiente econômico permanece marcado por uma demanda em queda, encolhimento do mercado de trabalho e piora nas condições de crédito. Nesse contexto, as avaliações voltam a se deteriorar e o indicador de ímpeto de contratações para os próximos meses prossegue em queda”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE, em nota.

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