O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em parceria com o Governo do Estado por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS (Fundect), realiza desde 2013 estudos com a finalidade de tornar o tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral mais barato e menos tóxico aos pacientes.
A leishmaniose é a segunda doença parasitária que mais causa mortes em todo o mundo, só perde para a Malária. Está presente em 98 países com cerca de 12 milhões de pessoas infectadas. Estima-se que anualmente cerca de 20 a 30 mil pessoas venham a óbito em todo o mundo por consequência da doença.
No Brasil, é caracterizada como endêmica, pois apresenta 90% dos casos da América Latina. Em Mato Grosso do Sul, o número de infectados representa um problema de saúde pública.
Atualmente a substância de primeira escolha empregada no tratamento é o antimoniato de meglumina, fármaco este que traz bons resultados no combate à doença, porém sua alta toxicidade causa inúmeros efeitos colaterais como artralgias, mialgias, náuseas, plenitude gástrica, alterações hepáticas e renais, distúrbios cardiovasculares e em casos mais graves até a morte.
O projeto de pesquisa da equipe do professor e pesquisador Teófilo Fernando Mazon Cardoso tem como objetivo utilizar o antimoniato de meglumina impregnado em sílica mesoporosa, material inorgânico responsável por fazer o transporte do antimoniato no organismo. Com a modulação da liberação do fármaco no organismo seriam reduzidas as doses diárias do medicamento, tornando-o menos prejudicial à saúde além de reduzir as despesas com a medicação.
“Nossa pesquisa foca em um sistema de liberação diferenciado do antimoniato de meglumina com intuito de atender às necessidades dos pacientes de tal maneira que quantidades adequadas e de preferência mínimas do fármaco sejam capazes de controlar o estado infeccioso, reduzindo os efeitos indesejáveis. No momento comprovamos que a sílica mesoporosa é um carreador eficiente para o fármaco, com base nestes resultados, iniciamos no presente ano a etapa dos testes in vitro com formas infectantes do parasita em macrófagos. A expectativa é de que muito em breve resultados diretos desta pesquisa sejam alcançados”, afirma o pesquisador.
Mais Recente de Blog
Aparecida do Taboado tem muitos motivos para se orgulhar. Os atletas do município deram um verdadeiro
A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada a 95,3 milhões de brasileiros até
A Casa do Trabalhador de Aparecida do Taboado conta atualmente com 72 vagas de emprego disponíveis,
Na madrugada de domingo, 14 de dezembro de 2025, uma ação da Polícia Militar Ambiental resgatou


