Marley Dalbosco, de 56 anos, morreu na sexta-feira (13), no Hospital da Vida, em Dourados, decorrente do vírus H1N1. A vítima morava em Naviraí, município que confirmou no prazo de nove dias a terceira morte decorrente da gripe.
Na quarta-feira (11) foi confirmada a morte de duas mulheres, de 59 e 66 anos, vítimas da doença. Conforme a secretaria de saúde de Naviraí, nenhuma delas havia sido imunizada contra o vírus.
Apesar dos óbitos ocorridos em curto espaço de tempo, o secretário Estadual de Saúde, Nelson Tavares, afirma que ainda é cedo para justificar as causas. “As mortes ainda não estão fora da estatística. Não podemos falar que se trata de epidemia. Vamos avaliar se existe alguma questão do tipo falha na vacina, ou se a vítima não recebeu tratamento adequado”, destacou o médico.
Com mais esta morte em Naviraí, que perde apenas para Campo Grande com relação ao número de vítimas, onde cinco pessoas já morreram de gripe, Mato Grosso do Sul totaliza 15 óbitos por H1N1. Em Três Lagoas duas pessoas morreram da doença e uma morte foi registrada em Aquidauana, Corumbá, Juti, Coxim e São Gabriel do Oeste, conforme boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira (11), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Apesar de ainda não ser considerado elevado o número de mortes no Estado, Tavares garante que o momento é de preocupação. “Em termos de vacinação não podemos fazer nada, não existe mais vacina. Agora precisamos averiguar saber qual motivo do óbito”, alertou o responsável pela pasta ao enfatizar que 100% do estoque de vacina já foi repassada pelo Governo Federal.
“As vacinas foram distribuídas para os municípios, mas até agora apenas metade do público-alvo foi imunizado, que gira em torno de 700 mil pessoas”, acrescentou.
A VÍTIMA
Marley recebeu o primeiro atendimento no Hospital de Naviraí. Na quarta-feira (11) foi transferida para o Hospital da Vida, em Dourados. Após passar dois dias na ala vermelha da unidade, não reagiu ao tratamento e morreu nesta manhã.
Conforme a direção do hospital, laudo médico atesta que Marley estava com pneumonia e morreu de complicações provocadas pela gripe H1N1.
CAPITAL
Em Campo Grande cinco pessoas morreram até agora vítimas de H1N1. Conforme boletim epidemiológico emitido hoje pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), 91 casos foram notificados e 13 confirmados, sendo, 10 de H1N1 e três de influenza B.
