Cresce a procura por máscaras de tecido em Aparecida do Taboado

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Aparecida do Taboado (MS) – Depois que o próprio Ministério da Saúde recomendou o uso de máscaras de tecido como medida de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), a confecção caseira desse EPI cresceu muito em todo o país e o uso dele chegou a virar exigência em algumas unidades hospitalares. Em Aparecida do Taboado é possível encontrar unidades que variam entre R$ 3 e R$ 15, e a divulgação tem sido nas redes sociais e grupos de WhatsApp.

Cresce a procura por máscaras de tecido em Aparecida do Taboado

Para atender o maior número de pessoas, as costureiras que se aventuraram em mais esse nicho de serviço estão tendo que mostrar sua versatilidade, oferecendo variados modelos e tamanhos, além de deixar a escolha da estampa a critério do cliente. Algumas são até dupla face e podem ser utilizadas por idosos, adultos e crianças.

Por ser de fácil reutilização, as pessoas estão optando por adquirir mais de uma unidade para uso próprio, “enquanto uma está sendo lavada e higienizada, eu coloco a outra”, explicou Débora Aparecida, que é auxiliar em um restaurante e não parou de trabalhar durante a pandemia.

A estudante Marina Alves Lopes Parreira tem aproveitado o tempo que passa em casa depois da suspensão das aulas auxiliando a avó, dona Irani Alves de Jesus Albuquerque, na confecção das peças, “a ideia foi da minha vó. Eu pego as encomendas, medidas, ajudo na montagem e ela passa na máquina”, disse a adolescente, que acaba ganhando um dinheirinho extra, “ela deixa pra mim porque já tem a aposentadoria, né”, explicou. Elas moram no bairro São Lázaro, mas atendem a cidade inteira.

Em março, uma ação social em Santa Fé do Sul também chamou a atenção nas redes sociais. Um grupo de mulheres se reuniram, confeccionaram mais de 30 máscaras de tecido e doaram no Lar dos Idosos do município.

Cresce a procura por máscaras de tecido em Aparecida do Taboado

Não importa a finalidade, o importante é prevenir. O Ministério da Saúde, que antes orientava o uso apenas para pessoas que apresentavam sintomas da doença e profissionais da saúde, diz agora que a máscara deve ser utilizada por qualquer pessoa ao sair às ruas. No entanto, reforça a importância de a população continuar respeitando o isolamento social e as medidas de segurança para diminuir as chances de contágio e evitar a disseminação do vírus no país.

Sobre a eficácia do EPI, o ministro Luiz Henrique Madetta se pronunciou: “acho que máscaras de pano para os comunitários funciona muito bem como barreira e não são caras, além de serem fáceis de fazer”. Ele ainda reforçou que as máscaras cirúrgicas ou N95, que oferecem maior proteção, sejam deixadas apenas para o uso de profissionais da saúde. Ele pediu, inclusive, para que quem comprou o modelo N95 entregue nos hospitais para uso dos médicos. “Agora é lutar com as armas que a gente tem. Não adianta a gente ficar agora lamentando que a China não tá produzindo. Vamos ter que criar as nossas armas e as nossas armas vão ser aquelas que nós tivermos”, disse Mandetta.

Exigência

Cresce a procura por máscaras de tecido em Aparecida do Taboado

O uso de máscaras de tecido virou uma exigência para pacientes, acompanhantes, motoristas de ambulância e qualquer pessoa que precisar entrar no complexo Funfarme (Hospital de Base, Hospital da Criança e Maternidade, Ambulatório, Luci Montoro e Hemocentro) em São José do Rio Preto.

O comunicado foi emitido pela Funfarme na semana passada e a medida passou a valer nesta segunda-feira, 13 de abril.

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