INTERROGAÇÃO: Claro, os holofotes seduzem! Após o efervescente ciclo de exposição, o ex-ministro Luiz H. Mandetta (DEM) deve fazer o balanço e o seu projeto político. Sem chances na majoritária estadual. Se tentar o Palácio do Planalto colidirá com a ministra Tereza Cristina (DEM). Iria então para qual partido? Aliaria a quem?
FATORES: O parentesco com a Família Trad e sua participação na gestão do prefeito Nelsinho Trad (PTB) criam vínculos indissolúveis (presume-se) que inibem a tomada de posição radical. O equilíbrio demonstrado nas mais diferentes situações sinaliza que ele deva tentar voltar à Câmara Federal, aliás, de onde não deveria ter saído. Penso eu.
REGRA 3: Atento ao cenário o ex-prefeito Waldeli de Costa Rica, continua disposto a ser o candidato ao Governo pelo MDB. Há detalhes e obstáculos na pista, mas ele não esmorece, nem se afoba.Vem alargando contatos com líderes de partidos diversos para tentar uma candidatura de coalização. Mas ele vencerá o caciquismo no MDB?
ZECA DO PT: Especula-se sua eventual candidatura ao Governo atrelado ao ‘Projeto Lula’. Mas falta levar em conta as nuances do quadro político no Estado. A tentativa de se nacionalizar o debate para eleger ‘caronas’ nem sempre deu certo. O ex-governador (71), não é mais aquele jovem impetuoso, pensa duas vezes antes de decidir.
ENCURRALADO: O consumidor se defende como pode das investidas das empresas de telefonia. Se não bastassem as inoportunas ‘visitas’ de vendedores na porta de casa, continuam os insistentes telefonemas via celular – oferecendo ‘planos vantajosos’ para troca da operadora. Uma invasão de privacidade indefensável. Pergunto: Até quando?
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Correia (PSDB); debate a retomada econômica com a classe artística; lançou a Consolidação de Leis protetivas das mulheres de MS. Zé Teixeira (DEM). No Seinfra pediu investimentos do Governo para Ivinhema. Lucas de Lima (SOL) ; quer a renumeração de placas veiculares furtadas ou roubadas; propõe a criação da Subsecretaria Estadual do Bem Estar Animal. Cabo Almi (PT) segue internado no Hospital Cassems em recuperação gradual da Covid-19.
VAIAS & PODER: Repercute a vaia contra a senadora Soraya Thonicke (PSL) na recente visita presidencial a Terenos. Dizem que ela sentiu o ‘baque’. Iniciante, precisa descer do salto e se acostumar a isso. Ao contrário do aplauso que até pode ser cínico e falso, a vaia não orquestrada é mais reveladora. É o velho e sempre atual – preço do poder.
VAIADOS: Vaias históricas: Presidente, Lula (PT) levou sonora vaia na abertura dos Jogos Panamericanos em 2007 no Rio de Janeiro. Dilma Roussef (PT) provou esse gosto amargo na abertura da Copa de Mundo ( 2014) em Brasília. Michel Temer (MDB) foi alvo da ira popular na abertura das Olimpíadas e não teve coragem de discursar no encerramento do evento.
OS ECOS das vaias se propagam indefinidamente. Indignado, o brasileiro prefere o recurso das vaias as agressões físicas. A mídia tem mostrado as vaias em restaurantes, aeroportos e outros locais. Daí que figurões envolvidos em escândalos ou criticados evitam aparecer em lugares de concentração popular. Amarelaram literalmente.
1- INOCENTES: A ‘Operação Desmanche’ da Lava Jato causa náuseas pela volta de personagens, da prisão para o palco político. Os casos do ex-presidente Lula (PT) e do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) mostram onde chegamos. Mas o show não acabou. A delação do ex-governador carioca Sergio Cabral (MDB) à Polícia Federal deve enlamear figurões e togados na ‘República dos Inocentes’.
2-INOCENTES: Após 5 anos, o café amigo amargou graças ao juiz de Direito David de Oliveira Gomes Filho – provocando azia e insônia em 24 políticos e empresários como o ‘ilustre’ João Amorim. Investiga-se a derrubada de Alcides Bernal (PP) da prefeitura da capital. Aliás, viralizou a frase ‘somos todos inocentes’ – do ex-vereador Mario César, aliado do ex-governador Puccinelli, ambos do MDB e enrolados no caso.
AÇÕES & DEPUTADOS: Lídio Lopes (Patri): aprovado seu projeto beneficiando deficientes visuais com certidão de nascimento em ‘Braile’; requer concessão de transporte gratuito a alunos com deficiência. Marçal Filho (PSDB); requer melhorias no saneamento de Caarapó; atento a tramitação da duplicação da av. Cel Ponciano em Dourados. Mara Caseiro (PSDB ):pede recapeamento entre Tacuru e Eldorado e Corpo de Bombeiros para Iguatemi. Neno Razuk (PTB): destinou R$600 mil à Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Dourados; pede recursos à Agraer para agricultores de Bodoquena; destinou R$40 mil à entidade de Mundo Novo. Antonio Vaz (REP): voto de pesar pela morte da jornalista Marcia Caetano; propõe o incentivo do Governo para instalação de usina de oxigênio medicinal nos hospitais.
REFLEXÃO: “…( )…Nascemos incompletos. Durante toda a vida haverá sempre uma parte que nos falta. O tempo é a nossa mutilação cotidiana. O tempo que se vai é violento e nos oprime. Nos passa a impressão de que vivemos sem ter vivido. Como se o melhor da vida estivesse sempre em outro lugar e não aqui…” ( Jeferson Tenório/ Zero Hora/RS)
AGUENTA! Acesa a fogueira das vaidades na CPI do Covid-19. Até parece o ‘BBB”. Parlamentares querem aparecer com gestos e perguntas fora do contexto. De olho em 2022, vale tudo para uns segundos grátis na mídia. Já o Governo sangra politicamente – viabilizando inclusive a volta ‘triunfal’ do ‘recauchutado’ senador Renan Calheiros (MDB). É do peru!
ENTALADA: Difícil sair a reforma tributária: 82% do orçamento gastos em salários, aposentadorias, auxílios sociais, seguro desemprego. Sobra pouco para infraestrutura, educação, saúde – etc. Há sim uma guerra entre a União, Estados, municípios e as grandes corporações. Cada qual puxando a sardinha para seu lado. É a cara do país!
DEPUTADOS & AÇÕES: José C. Barbosa (DEM): voltou a pedir melhorias para as aldeias indígenas de Dourados; emenda sua melhora atuação do Cartório Virtual de MS. Evander Vendramini (PP); comemora envio de mais 20 soldados da PM para Ladário e Corumbá; reclama das condições dos trevos da BR; 262 reforça suas ações em Bonito; Gerson Claro (PP): presidiu reunião da Comissão C. Justiça e Redação; com sua emenda de R$100 mil o Hospital Municipal de Dois Irmãos do Buriti adquiriu novos equipamentos. João Henrique (PL); seu projeto prevê penalização de pessoas jurídicas envolvidas em maus-tratos a animais. Capitão Contar (PSL) aprovada em 1ª. discussão seu projeto criando a Política de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome da Depressão no MS.
‘PROFISSIONAIS’: O desemprego é notícia, mas um fato é ignorado. Nos currículos de muitos desempregados há o registro do pouco tempo deles nos empregos anteriores. É a característica de ‘colaboradores’ que não vestem a camisa da empresa e aí acabam provocando a demissão para levar vantagen$. Enfim, não é fácil gerar emprego no país.
MUDANÇAS: No passado era comum o empregado iniciar profissionalmente numa empresa e lá permanecer até sua aposentadoria. Sem dúvida que se tratava de pessoas comprometidas com os interesses do pagador do seu salário . Postura justa, sem raiva e inveja do patrão, onde a ingratidão não tinha espaço. Mas hoje – os tempos são outros.
OUTRA FACE: A pandemia desnuda a realidade do empreendedorismo mostrado as vezes equivocadamente com glamour. Quem não é do ramo, não dispõe de capital e não persistir sucumbe. No Brasil o cidadão abre uma empresa e quer ficar rico a curto prazo. Na Europa uma geração abre a empresa para a geração seguinte consolidá-la e usufruir dos dividendos.
PILULAS DIGITAIS:
Somos todos inocentes. ( ex-vereador Mario César (MDB), réu no ‘Coffee Break’)
O maior inimigo de um governo é um povo culto. ( Jô Soares)
Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta. (John K. Galbraith)
Um político é capaz de qualquer coisa para permanecer no emprego – até mesmo tornar-se um patriota. ( William R. Hearst)
O tempo que se vai é violento e nos oprime. ( Jeferson Tenório)
Só tem uma coisa mais devastada que a natureza: a natureza humana. (Carlos Castelo)
O desespero eu aguento. O que me apavora é essa esperança. ( Millôr Fernandes)
Nunca somos nós mesmos quando há plateia. (Milan Kundera)
Viva a vida como se todo dia fosse ‘Dia de Paredão’. (Pedro Bial)