As últimas declarações do senador Renan Calheiros tornaram a convivência com Simone Tebet insustentável dentro do MDB, avalia o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), também esposo da senadora. Agora, “ou ela sai (do partido), ou ela vira presidente do MDB”, avalia.
A história só piora depois do embate pela presidência do Senado. Nos últimos episódios, Renan Calheiros acusou jornalista de assédio sexual e envolveu até o ex-senador Ramez Tebet no relato.
"A Dora Kramer acha que sou arrogante. Não sou. Sou casado e por isso sempre fugi do seu assédio. Ora, seu marido era meu assessor, e preferi encorajar Geddel e Ramez, que chegou a colocar um membro mecânico para namorá-la. Não foi presunção. Foi fidelidade", postou Renan domingo no Twitter.
A baixaria levou Simone a cogitar a saída do MDB, decisão apoiada pelo marido. “Se ela sair eu também saio. Houve ofensa à nossa família. A Simone, neste momento, tem de trilhar o próprio caminho dela, independente do partido”.
Como foi eleito por força da legenda, Eduardo Rocha não teme perder o mandato, caso deixe o MDB. “Teve ataque pessoal, isso é argumento suficiente para não perder o mandato”, diz.
Segundo ele, as opções seria ingressar no PSDB ou DEM, partidos pelos quais Simone tem “boa simpatia”.
A outra saída para Simone, na avaliação dele, é disputar a presidência do MDB. “Para fazer a limpa dentro da legenda, tirar o bando de coronéis que existe lá, como Renan Calheiros, corja que só atrapalha o partido”, ataca.
Já para o deputado Márcio Fernandes (MDB), a saída de Simone seria grande perda para o partido em Mato Grosso do Sul, que perderia todos os representantes no Congresso, já que não reelegeu nenhum deputado federal e só tem Simone no Senado. “Se ela sair, o MDB vai perder muito, é nossa única representante”.
Na avaliação dele, a senadora deveria aproveitar a chance para avançar dentro do partido. “Simone pode ganhar mais espaço, porque o Renan é rejeitado pela população”, argumenta.