Poema: O Silêncio das Mudanças

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O Silêncio das Mudanças

Por Maria V. Ribeiro

Vivemos esperando algo
um sinal, uma resposta, um motivo.
Mas a verdade é que a vida raramente explica seus porquês.
Ela só acontece, rápida e imprevisível,
como se tivesse pressa de nos ensinar alguma coisa.

E o mais difícil?
É aceitar que nem tudo precisa fazer sentido.
Algumas coisas existem apenas para nos mudar.

Às vezes perdemos pessoas,
e às vezes perdemos versões de nós mesmos
que nunca mais voltam.
E poucos percebem que isso também é uma forma de luto.

Mas há uma beleza estranha nisso tudo.
Porque cada vez que algo dentro de nós quebra,
abre-se espaço para o que ainda não conhecemos.

No fundo, estamos todos tentando encontrar um lugar
onde possamos respirar sem medo,
onde o coração não precise se esconder,
onde a alma possa finalmente descansar.

E talvez o segredo não seja controlar a vida,
mas deixar que ela nos atravesse.
Deixar que ela nos mude,
nos desafie,
nos surpreenda.

No fim, tudo se resume a isso:
não a grandeza do que conquistamos,
mas a coragem de continuar sentindo
mesmo depois de já ter doído demais.

Porque sentir,
mesmo quando dói
é a prova mais pura
de que ainda estamos vivos.

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