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Projeto quer reduzir “carnificina” de animais silvestres em rodovias

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    Tramita em regime de urgência na Câmara Federal o Projeto de Lei 466/2015 que tem como foco a adoção de medidas que asseguram a livre circulação de animais silvestres em rodovias e ferrovias, reduzindo acidentes e preservando as espécies e os viajantes. Dentre os pontos mais críticos citados em estudo que embasa a proposta, estão as BR-262, trecho no Pantanal de Mato Grosso do Sul e BR-163. Na BR-262, estudo da CBEE (Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas) da Universidade Federal de Lavras, aponta “carnificina”;
    Conforme informações da Agência Brasil, o projeto já aguarda votação no plenário desde o dia 22 de março. Levantamento do CBEE, mostra que 475 milhões de animais selvagens são atropelados no Brasil a cada ano, sendo 5 milhões animais de grande porte, como antas, capivaras, lobos-guarás e onças. Segundo o coordenador do centro, o professor e pesquisador Alex Bager , 90% deles são pequenos vertebrados, como sapos, cobras e aves.
    Entre as medidas previstas no projeto de lei estão a instalação de redutores de velocidade e refletores e a adoção de medidas de mitigação, como construção de passagens de fauna aéreas ou subterrâneas, pontes e cercas.

Carnificina
    Entre os trechos de rodovias mais críticos para os animais, dois de Mato Grosso do Sul são destacados pelo CBBE. Na BR-262, em Mato Grosso do Sul, trecho que divide o Cerrado e o Pantanal: “Todo o trecho dela que começa em Três Lagoas (MS) é uma carnificina. Lá já foram implantados alguns redutores de velocidade, algumas medidas, mas ainda é extremamente importante que se faça alguma coisa. A região é um importante polo turístico, de Campo Grande para Bonito, e aquelas cenas de animais mortos na beirada da pista são um ponto extremamente negativo”, diz o coordenador do centro, o professor e pesquisador Alex Bager.
    Na BR-163, trecho que cruza Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: “A rodovia foi repassada para concessionárias há aproximadamente um ano e, nos próximos quatro anos, ela tem que se duplicada, depois disso vai ser um problema muito grande que merece um estudo bem detalhado. Este é um momento extremamente oportuno de implantar essas medidas de mitigação, porque os custos vão ser muito menores. Isto que as concessionárias e o governo precisam perceber, que se as medidas são implantadas antes, durante o planejamento, ele se torna muito mais barato.”

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