Aparecida do Taboado (MS) – Um grupo de funcionários da Prefeitura liderados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais participou da sessão na noite de segunda-feira (19) com várias faixas de protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada extraoficialmente pelo Executivo, que é de 2,95%, segundo a entidade. Irredutíveis, os trabalhadores pedem 6,81% e ameaçaram fazer greve caso o Legislativo aprove qualquer valor abaixo disso.
Segundo o presidente do Sindicato, Gilson Alves Garcia, o prefeito Robson Samara não cumpriu a data base para fixar o reajuste, que era o mês de janeiro, e não enviando o projeto para Câmara na noite de segunda-feira atrasou ainda mais o pagamento do benefício aos servidores, que deverão recebê-lo só em março, caso o projeto seja enviado na próxima sessão, “e nós não queremos nem discussão. É 6.81% e pronto”, afirmou Gilson.
No ano passado, os servidores pediram 7,45% de reajuste e o prefeito concedeu 6,29%. Para compensar a perca, eles pedem agora 6,81%, “na LDO consta que o Executivo pode dar até 7%. É por isso também que nós não aceitamos menos”, pontuou o sindicalista.
Os manifestantes participaram da sessão usando nariz de palhaço, apitos, cartazes e faixas. Mais cedo, eles promoveram uma manifestação no cruzamento da Avenida Presidente Vargas com a Avenida Orlando Mascarenhas Pereira para chamar a atenção da população e do Poder Executivo, “é importante que todos saibam que não há serviço público de qualidade sem a devida valorização do servidor”, afirmou uma das protestantes, servidora Magna Brito.
Durante o tempo de fala dos vereadores, todos manifestaram apoio aos servidores públicos e alguns parlamentares já até anteciparam que não irão votar favoráveis caso o prefeito envie para aquela Casa de Leis um projeto de reajuste salarial com índice de 2,95%, “e eu não voto favorável por valor nenhum que seja abaixo de 6,81%. Eu to com vocês servidores”, acrescentou o vereador Andrey.
Executivo
O Executivo Municipal ainda não se manifestou oficialmente sobre o valor do índice que será apresentado à Câmara, mas, segundo o secretário de Administração, Kaiser Carlos Correa, o projeto será enviado ao Legislativo já na próxima sessão ordinária, marcada para o dia 26.
